Oscar Pérez, um homem na casa dos 30 anos e membro da polícia científica venezuelana -o Corpo de Investigações Científicas Penais e Criminais-, foi o responsável pelo ataque com helicóptero contra prédios públicos em Caracas na terça-feira (27).
Pilotando um helicóptero da instituição junto a um homem encapuzado, Pérez lançou quatro granadas contra a sede do TSJ (Tribunal Supremo de Justiça) e disparou 15 tiros contra o Ministério do Interior e Justiça, de acordo com o governo. O presidente Nicolás Maduro classificou o episódio de “ataque terrorista”.
Ainda segundo o governo, Pérez foi piloto de Miguel Rodríguez Torres, ex-ministro do Interior e Justiça. Torres é acusado por Maduro de tramar um golpe, o que ele nega. O piloto é acusado pelo governo de agir sob ordens da CIA (serviço secreto americano) e, como evidência disso, foram divulgadas fotos suas em Washington.
Na terça-feira, Pérez divulgou nas redes sociais vídeos em que aparece, junto a homens encapuzados e armados, dizendo não pertencer a nenhum grupo político específico, mas sim a uma “coalizão” de civis e militares que luta “contra a tirania”. “Fazemos um apelo a todos os venezuelanos do leste ao oeste, de norte ao sul (…) para nos reencontramos com nossas Forças Armadas e, juntos, recuperarmos nossa amada Venezuela.”
De acordo com a imprensa local, o piloto também é colaborador de diversos projetos cinematográficos e, em 2015, participou como ator do filme venezuelano “Morte Suspendida”, que mostra policiais do esquadrão de elite em uma operação de resgate de um refém.
Nas redes sociais, Pérez também demonstra participar de atividades voluntárias para ajudar crianças com deficiência ou doenças terminais. Ele também divulga mensagens pedindo o “resgate de valores” e uma “mudança de consciência com união, moral e bons costumes”.
O piloto está foragido desde e, nesta quarta-feira (28), sua casa foi vasculhada pela polícia. (Folhapress)