Política

PF vê indícios de crime de Bolsonaro sobre Aids e pede para acusá-lo por fake news sobre Covid-19

Em apenas um dia a Polícia Federal afirmou que vê indícios de que o presidente Jair Bolsonaro (PL) cometeu crime ao fazer falsa associação entre a vacinação contra a Covid-19 e o risco de se contrair o vírus da Aids. Falas feitas durante uma de suas transmissões ao vivo foram citadas para o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, nesta quarta-feira (17). As informações são da Folha de S.Paulo sobre um relatório entregue pelo órgão.

Na mesma live, assim como em diversas outras ocasiões, a PF reforçou que Bolsonaro desestimulou o uso de máscaras, o que foi visto como possibilidade de incitação ao crime, infração que tem pena de três a seis meses ou multa. Além do presidente, a PF também cita Mauro Cid, ajudante de ordens do presidente, que teria produzido o texto com informações inverídicas usado por Bolsonaro na transmissão em que fez as declarações a respeito do tema.

Com isso, a PF pediu, ainda, ao ministro “para serem formalizados os respectivos indiciamentos nos presentesautos”. O sugerido foi que seja julgado um recurso da Procuradoria-Geral da República que tinha questionado a decisão por meio da qual foi determinada a instauração do inquérito sobre o caso e solicita que possa tomar o depoimento de Bolsonaro no inquérito em formato presencial ou por escrito, a depender da decisão de Moraes.

A Polícia Federal também solicitou o indiciamento de Bolsonaro por ter disseminado “a desinformação de que as vítimas da gripe espanhola, na verdade teriam morrido em decorrência de pneumonia bacteriana, causada pelo uso de máscara, incutindo na mente dos expectadores um verdadeiro desestímulo ao seu uso no combate à Covid-19”. Declarações foram dadas todas na mesma na mesma transmissão no dia 21 de outubro do ano passado.

O relatório parcial é assinado pela delegada Lorena Lima Nascimento, da Coordenação de Inquéritos nos Tribunais Superiores (Cinq), onde a profissional afirma que falas de Bolsonaro não são meras opiniões. “É uma opinião de um Chefe de Estado, propagada com base em manipulação falsa de publicações existentes nas redes sociais, opinião essa, que por ter a convicção de que atingiria um número expressivo de expectadores, intencionalmente, potencialmente promoveu alarma”, disse.

Carlos Nathan Sampaio

Jornalista formado pela Universidade Federal e Mato Grosso (UFMT) em 2013, especialista Estratégias de Mídias Digitais pelo Instituto de Pós-Graduação e Graduação de Goiânia - IPOG, pós-graduado em Comunicação Empresarial pelo Senac e especialista em SEO.

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