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PF ouve delatores e investigados sobre compra de silêncio de Cunha e Funaro

A Polícia Federal está tomando depoimentos de delatores da JBS e de investigados no inquérito que envolve o presidente Michel Temer, com o objetivo de descobrir se eles sabiam dos pagamentos para comprar o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e do doleiro Lúcio Funaro.

Nesta sexta (16), a PF ouviu um dos donos da JBS, Joesley Batista. A reportagem apurou que os delegados já tinham ouvido os delatores Francisco de Assis, diretor jurídico do grupo, e Florisvaldo Caetano, ex-conselheiro fiscal da JBS que fez entregas de dinheiro, além dos investigados Roberta e Dante Funaro, irmãos do doleiro.

A PF cruza os depoimentos para encontrar eventuais brechas e confirmar informações sobre outros implicados, como o ex-ministro Geddel Vieira Lima.

Os investigadores suspeitam que Geddel repassava informações sobre a compra do silêncio de Funaro e Cunha ao presidente Temer.

Querem saber, por exemplo, qual o papel de Geddel no esquema: se ele perguntava aos funcionários da JBS e aos familiares do doleiro sobre pagamentos; se ele foi apontado representante de Temer junto à JBS, conforme Joesley Batista disse à PGR (Procuradoria-Geral da República); e se o presidente indicou seu ex-assessor Rodrigo Rocha Loures para substituir Geddel no relacionamento com a empresa.

A PF apura a participação dos irmãos Funaro nos pagamento. Quer saber como eles foram colocados em contato com a JBS e as razões para Roberta ter substituído Dante no recolhimento do dinheiro. Ela foi filmada recebendo mala com R$ 400 mil dentro de um carro e está em prisão domiciliar.

O próprio Lúcio Funaro já prestou depoimento no inquérito.

Os delegados também querem detalhes sobre pagamentos que Florisvaldo Caetano disse ter feito a Altair Alves Pinto, emissário de Cunha, e ao coronel aposentado da Polícia Militar João Baptista Lima Filho durante a campanha de 2014 como parte de um acordo entre Temer e Joesley.

As informações vão ajudar a PF a identificar se há indícios de autoria e materialidade de crimes que podem ter sido cometidos pelo presidente e a preparar o relatório que será entregue à PGR e deve embasar a denúncia contra Temer no STF (Supremo Tribunal Federal).

A PF tem até segunda (19) para encerrar o inquérito, aberto em abril. Os delegados enviaram 82 perguntas ao presidente, que se recusou a responder.
Temer e o Palácio do Planalto já negaram quaisquer irregularidades na relação com Joesley Batista.

Laura Santos Braga

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