Publicidade
Geral
| Em 8 meses atrás

PF investiga corpos encontrados em barco no Pará; veja o que se sabe sobre o caso

Compartilhar

A Polícia Federal (PF) iniciou, na noite desta segunda-feira (15), o trabalho de identificação dos corpos encontrados em um barco à deriva no Pará. A embarcação foi localizada por pescadores no último sábado (13), que ao perceberem que se tratava de corpos em avançado estado de decomposição, acionaram as autoridades locais.

De acordo com a PF, a remoção do barco da água no nordeste paraense, em região que dá acesso ao Oceano Atlântico, foi difícil, visto que há muitos bancos de areia, só tendo sido possível com a maré alta. Na operação de resgate foi necessário contar com agentes da Marinha e do Corpo de Bombeiros.

Publicidade

Os corpos foram retirados no último domingo (14) e enviados para o Instituto Médico Legal (IML), na cidade de Bragança (PA), depois, seguirão para a capital, Belém (PA). Os policiais adotaram protocolos de identificação utilizados pela Interpol para reconhecimento de vítimas de desastres, semelhantes aos usados na tragédia de Brumadinho (MG), em 2019.

Publicidade

A Polícia tenta identificar as circunstâncias das mortes e a identidade dos corpos. Com base nos objetos e documentos encontrados no barco já é possível constatar que se tratam de migrantes da região da Mauritânia e Mali, do continente africano. É possível que haja também pessoas de outras nacionalidades, o que não foi descartado pela PF.

Publicidade

Foram encontrados nove corpos, sendo que oito estavam dentro da embarcação e o nono localizado do lado de fora, bem próximo e em condições semelhantes. Segundo o Corpo de Bombeiros, é possível perceber que os corpos estavam bastante desidratados, o que indica que as vítimas morreram há alguns dias.

A PF agora trabalha na identificação das vítimas, na causa e no tempo estimado das mortes, bem como na elucidação do mistério da origem dos corpos. As técnicas de perícia utilizadas neste tipo de caso contam com análise de impressões digitais, amostragem de DNA, de características físcias, registros odontológicos e dos objetos pessoais encontrados no barco.

Publicidade
Publicidade
Luana Cardoso

Atualmente atua como repórter de cidades, política e cultura. Editora da coluna Crônicas do Diário. Jornalista formada pela FIC/UFG, Bióloga graduada pelo ICB/UFG, escritora, cronista e curiosa. Estagiou no Diário de Goiás de 2022 a 2024.

Tags: PF