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A Polícia Federal deflagrou a terceira fase da Operação Decantação nesta quinta-feira (4). De acordo com o órgão, estão sendo cumpridos três mandados de prisão temporária e 15 de busca e apreensão em Goiânia e Inhumas.
A ação, investiga a existência de uma organização criminosa na Companhia de Saneamento de Goiás (Saneago) que seria especializada em fraudes de licitação.
Os mandados de prisão foram expedidos para José Vicente da Silva Júnior, engenheiro responsável pelo apoio técnico da Saneago e já foi membro da comissão de licitações da empresa. Além de, Elvis Presley Mendanha, servidor da empresa e foi pregoeiro da comissão de licitação e Eduardo Henrique de Deus, que é empresário.
Em outras fases da operação, a Saneago disse que a atual gestão da empresa tem priorizado a implantação das melhores práticas de governança, para garantir a lisura em todos os processos da companhia, como a criação da Superintendência de Governança e que “permanece prestando toda a colaboração necessária às investigações”.
Fases
Em outras fases, a Polícia Federal chegou a cumprir mandado de busca e apreensão na casa do ex-governador José Eliton e chegou a prender ex-gestores da estatal, além de pessoas que seriam sócias de empresas favorecidas pelo esquema. Entretanto, todas foram soltas dias depois por determinação da Justiça.
Na Operação Decantação 3, participam 60 policiais federais. A PF também determinou o afastamento de dois servidores da estatal. Ainda de acordo com o órgão, foi apurado que as fraudes ocorreram com ajuda de um membro da Comissão de Licitação e do pregoeiro da Comissão Permanente de Licitação da Saneago.
Além das pessoas físicas, também são investigadas na terceira fase, 11 empresas que prestaram serviços à Saneago. De acordo com a PF, elas são suspeitas de fraudar ao menos oito licitações em modalidades conhecidas como Carta Convite, além de 83 contratações feitas pela modalidade de dispensa de licitação, todas entre os anos de 2012 e 2018.
Conforme a PF, o material apreendido na primeira fase da Decantação apontou que foram criadas empresas de fachada para participar das licitações. As investigações apontam que apenas quatro empresas realizaram 61 obras em Goiás entre 2012 e 2018.
Segundo a PF, os crimes investigados são de associação criminosa, peculato, corrupção passiva, corrupção ativa e fraudes em processos licitatórios, cujas penas somadas atingem 41anos de prisão, sem prejuízo de demais implicações penais ao final da investigação.
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