De acordo com a Polícia Federal, não foram encontradas irregularidades em pagamentos do Partido dos Trabalhadores (PT) pelos serviços prestados pelo publicitário João Santana em campanhas eleitorais da presidente Dilma Rousseff, do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad.
O relatório foi citado pelo juiz federal Sérgio Moro, condutor da Operação Lava Jato, ao deferir o pedido de prisão do publicitário e sua esposa, Mônica Moura. Ambos estão em viagem à República Dominicana e deverão chegar ao Brasil ainda nesta segunda-feira (22). Segundo a assessoria de imprensa de João Santana, os dois vão se entregar à PF assim que desembarcarem no Brasil.
As suspeitas, segundo a Polícia Federal, em relação ao publicitário e a esposa se referem a aproximadamente US$ 7,5 milhões, que teriam sido recebidos pelos dois no exterior, por meio de uma empresa offshore, que seria controlada pela empreiteira Odebrecht.
“Os valores referentes aos pagamentos pelo préstimo de serviços de João Santana e Mônica Moura para as campanhas eleitorais de Luiz Inácio Lula da Silva (2006), Fernando Haddad (2012) e da atual presidente da República Dilma Rousseff (2010 e 2014) totalizam R$ 171.552.185,00. Não há, e isto deve ser ressaltado, indícios de que tais pagamentos [das campanhas] estejam revestidos de ilegalidades”, destacaram os delegados.