Petrobras subirá o preço da gasolina novamente nesta sexta (14). A alta, de 1%, levará o preço do combustível em suas refinarias para R$ 2,2514, novo recorde desde o início dos reajustes diários, em julho de 2017.
Em setembro, o preço da gasolina nas refinarias da Petrobras acumula alta de 5,32%. Desde o início de 2018, o aumento é de 32,9%.
Nesta quinta (13), a companhia já havia promovido alta, também de 1%, após passar uma semana sem mexer nos preços. Os aumentos refletem a elevação das cotações internacionais e a desvalorização cambial.
A alta nas refinarias vem pressionando os preços nas bombas, que subiram em média 1,77% na semana passada, segundo a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis), para R$ 4,525 por litro.
Em São Paulo e em pelo menos outros 12 estados já é possível encontrar gasolina acima de R$ 5 por litro.
A expectativa do mercado é que a tendência de alta se mantenha, já que as cotações internacionais estão pressionadas pela chegada do furacão Florence aos Estados Unidos e o câmbio tem oscilado de acordo com o cenário eleitoral.
Na quarta (11), o petróleo Brent, negociado em Londres fechou em alta de 0,88%, a US$ 79,79 (cerca de R$ 335, na cotação atual). Durante o pregão chegou a superar a marca simbólica dos US$ 80.
Na quinta (6), a Petrobras anunciou uma mudança em sua política de preços, incluindo a permissão para segurar reajustes por até 15 dias em caso de pressão altista provocada por fatores externos, como desastres naturais ou desvalorização cambial acentuada.
Nos períodos de represamento, a estatal diz que evitará prejuízos por meio de um mecanismo de proteção financeira, conhecido como hedge, que prevê a negociação de contratos futuros de gasolina e dólar.
Por uma semana, até esta quarta, manteve o preço em suas refinarias em R$ 2,2069 por litro. A companhia não informou, porém, se estava usando o mecanismo de proteção.