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Categorias: Economia
| Em 6 anos atrás

Petrobras apresenta conta de R$ 590 milhões com desconto no diesel no 2º tri

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A Petrobras informou nesta sexta (3) que acumulou no segundo trimestre um saldo de R$ 590 milhões a receber do governo pela concessão de subsídios ao preço do óleo diesel. Apesar do atraso nos pagamentos, o presidente da estatal, Ivan Monteiro, diz não ver risco de calote.

No trimestre, a estatal teve lucro de R$ 10 bilhões, o maior desde 2011, reflexo do aumento da cotação do petróleo e de maiores vendas de combustíveis no mercado interno. Os R$ 590 milhões correspondem ao ressarcimento dos meses de maio e junho. A conta de julho entra no balanço do terceiro trimestre. 

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“Estamos plenamente confiantes de que vamos receber”, disse Monteiro. “É um procedimento novo para a ANP [Agência Natural do Petróleo, Gás e Biocombustíveis], acho natural [o atraso]”, comentou, ressaltando que os documentos enviados pela estatal à agência envolvem cerca de 20 mil notas fiscais.

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O prazo para o ressarcimento da primeira fase da subvenção, que durou até 7 de junho, venceu no dia 26 de junho. Para o primeiro mês da segunda fase, o pagamento deveria ter sido feito até 26 de julho. Até agora, porém, a ANP só autorizou dois pagamentos, de R$ 121 mil, referentes à primeira fase, quando o desconto era de apenas R$ 0,07 por litro.

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Segundo estimativa da Abicom, associação que representa os importadores, até o fim de julho a subvenção custou ao governo R$ 1,76 bilhão. O Tesouro separou R$ 9,5 bilhões para bancar o subsídio de até R$ 0,30 por litro até o fim do ano.

Monteiro diz que a Petrobras percebeu redução das importações privadas de combustíveis nos primeiros meses da subvenção, mas que acredita que a competição será retomada no segundo semestre. Com menos importações privadas, a estatal vem recuperando mercado perdido em trimestres anteriores.

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Em junho, a empresa foi responsável por 87% das vendas de diesel e 85% das vendas de gasolina no país, avanço expressivo sobre os 65% e 80%, respectivamente, verificados em janeiro. Monteiro disse acreditar, porém, que empresas privadas voltarão a disputar mercado.”O mercado parou um pouco para entender como funciona [a subvenção]”, disse, frisando que considera competitivo o modelo elaborado pelo governo.

Com a recuperação de mercado, a Petrobras aumentou o fator de utilização de suas refinarias de 71% para 81% no período. A baixa utilização foi bastante questionada por sindicatos e oposição no primeiro semestre, o que levou a direção da empresa a desenvolver campanha interna defendendo a gestão do parque de refino.

“Sempre iremos operar nossos ativos de refino e logística da forma mais competitiva e gerando o maior valor para o acionista e para a sociedade”, disse nesta sexta o diretor de Refino e Gás da companhia, Jorge Celestino. (Folhapress)

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