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Pessimismo empresarial é o maior em 16 anos

Brasília – Sem sinais de recuperação da economia, o pessimismo da indústria nacional já é o maior em 16 anos. Após três meses sem quedas, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) voltou a cair em julho e chegou ao pior nível desde 1999, de acordo com dados divulgados ontem pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

O indicador recuou 1,7 ponto em relação ao mês passado e chegou a 37,2 pontos, o menor patamar desde que a pesquisa começou a ser feita pela instituição. A metodologia utilizada pela CNI estabelece que os valores abaixo de 50 pontos representam pessimismo e, quanto menor o resultado, piores são as perspectivas dos empresários em relação à economia.

Para se ter uma ideia do momento ruim do setor, a média histórica do Icei é de 55,9 pontos, ou seja, os empresários normalmente estão mais otimistas do que pessimistas sobre os negócios da indústria.

Economia nacional

Entre as variáveis que compõem o Icei, o Índice de Condições Atuais recuou 2 pontos de junho para julho e chegou a 27,6 pontos, também o resultado mais baixo da série histórica do indicador. A avaliação do empresariado sobre a economia nacional é ainda pior, com 19,4 pontos, enquanto a pontuação dada à situação atual das próprias empresas ficou em 31,7 pontos.

Da mesma forma, o Índice de Expectativas recuou 1,6 ponto na pesquisa mais recente, ficando em 42 pontos. Esse resultado mostra que a deterioração da avaliação das condições atuais da economia e do setor também amplia o pessimismo dos empresários para os próximos seis meses. Em relação à atividade econômica no País, o indicador que projeta o próximo semestre recuou para 32,9 pontos em julho. Nas estimativas feitas para a evolução dos próprios negócios à frente, o indicador caiu para 46,7 pontos.

Divisão

Entre as regiões do País, a que apresentou maior índice de pessimismo (34,4 pontos) foi a Sudeste, seguida pela Sul (35,6) e pela Centro-Oeste (38,6). Dos setores com as piores expectativas em relação à confiança na recuperação da economia, estão os de madeira (30,8), metalurgia (31,9) e produtos de metal (31,3).

As empresas de médio porte apresentam o menor índice de confiança (36), seguidas pelas pequenas (36,1) e grandes companhias (38,3).

Para elaborar o Icei de julho, a Confederação Nacional da Indústria ouviu 2.951 empresas, sendo 1.159 pequenas, 1.116 médias e 676 grandes corporações. Os dados foram recolhidos entre os dias 1 e 13 deste mês.

Samuel Straiotto

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