A pesquisa mais longa já realizado no mundo, iniciada em 1938, e que continua até hoje, foi divulgada nesta semana. Se trata do estudo feito pela Universidade Harvard com 724 homens americanos, dos quais 456 nasceram em bairros pobres de Boston e 268 eram ex-alunos da famosa universidade, um deles, inclusive, o ex-presidente dos EUA John F. Kennedy (1917-1963).

Resumindo o resultado, após os 84 anos do estudo, as pessoas que se diziam comprovadamente mais felizes e saudáveis na velhice eram aquelas que estavam mais satisfeitas com seus amigos e familiares.

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Mas como isso foi feito? De acordo com as informações da pesquisa, a cada dois anos os voluntários respondiam a questionários e, a cada cinco, se submetiam a exames médicos. Depois, a cada dez anos, precisavam comparecer a entrevistas presenciais. Assim foram colhidas as informações.

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Hoje, dos 724 participantes, apenas 60 continuam vivos, a maioria na casa dos 90. Com isso, passadas as décadas, os cientistas concluíram, sim, com base nos resultados, que uma vida boa se constrói com bons relacionamentos. “Pessoas conectadas socialmente são mais felizes e vivem mais. Mas não é a quantidade de amigos que importa. É a qualidade das relações”, afirma o psiquiatra Robert Waldinger, atual coordenador da pesquisa e o quarto no cargo desde 1938.

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O estudo, inclusive, se tornou tema de uma palestra chamada “O Que Torna uma Vida Boa? — Lições do Estudo Mais Longo sobre a Felicidade”, do TEDx. Dentre os assuntos comentados na palestra, que tem como foco, claro, a pesquisa, há também informações sobre outros estudos adjuntos que confirmam que pessoas que se declaram felizes tendem a viver mais e melhor.

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