O preço médio dos itens da lista de material escolar deste ano em Goiânia aumentou 8,57% com relação ao ano passado. No entanto, alguns produtos apresentaram variações muito superiores de um estabelecimento para outro, como é o caso da borracha branca que foi encontrada de R$ 0,15 a R$ 0,60, uma diferença de 300%. Esta foi a constatação da prática anual do Procon, a pesquisa de preços do material escolar divulgada nesta terça-feira, dia 7.
Outro produto que apresentou grande variação foi a lapiseira de 5 ou 7 mm, de uma mesma marca, que foi encontrada de R$ 1 a R$ 5,10, uma discrepância de 210%. A caixa de giz de cera pode ser adquirida de R$ 2,48 a R$ 6,50, uma diferença de 162%. “É importante que o consumidor utilize todas as formas possíveis para economizar. Até porque a despesa com material escolar é uma das maiores contabilizadas neste início de ano”, alega o gerente de Pesquisa e Cálculo do Procon, Gleidson Tomaz.
Nesta edição, realizada de 26 de dezembro a 6 de janeiro, foram verificados os valores de 96 itens básicos da lista, em 13 estabelecimentos, dez deles na região central. De acordo com o gerente de Pesquisa e Cálculo, Gleidson Tomaz, ao priorizar o Centro da capital, o Procon buscou facilitar ainda mais a economia do consumidor que pode fracionar a compra em mais de um estabelecimento. “Com isso, o consumidor pode adquirir os itens de menor valor em estabelecimentos próximos, sem ter custos adicionais com o deslocamento”, frisou.
Uma dica do gerente para conseguir margens ainda maiores de desconto é priorizar marcas menos conhecidas. “A marca famosa nem sempre é garantia de melhor qualidade, mas pode representar um valor superior no final da conta”, alega. Prova disso foi constatada na tesoura sem ponta: a de marca renomada foi encontrada a R$ 4,50 enquanto a menos conhecida saiu a R$ 1,50, na mesma loja. “O consumidor pode pagar até três vezes mais, caso opte por marcas mais famosas”, alertou.
O Procon alerta os pais para que fiquem atentos a itens de uso coletivo, presentes na lista de materiais, como copos descartáveis em grande quantidade, resmas de papel sulfite, papel higiênico, dentre outros. “Os materiais que não influenciam no desenvolvimento pedagógico do aluno devem ser questionados pelos pais diretamente na escola. Caso não seja comprovada a necessidade, eles devem ser ignorados da lista. Escolas que não aceitarem a recusa podem ser denunciadas no Procon pelo número 151”, recomendou Gleidson. Ainda segundo ele, as escolas já incluem na mensalidade o valor de custeio da instituição. Por isso, ao solicitar materiais dessa natureza, ela está cobrando em duplicidade.
As informações são do Goiás Agora.