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Cidades
| Em 4 anos atrás

Pesquisa em Goiás testa eficácias de vacinas da influenza e tríplice viral contra a covid-19

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Um estudo da Faculdade da Polícia Militar (FPM) pretende avaliar a eficácia da imunização cruzada de vacinas de influenza e tríplice viral contra a covid-19. A pesquisa é financiada pela holandesa Radboud University Medical Center e tem apoio da Fundação Tiradentes.

As vacinas contra influenza e tríplice viral serão aplicadas em 6 mil voluntários saudáveis, dos quais 2 mil receberão a tríplice viral, 2 mil o imunizante contra influenza e 2 mil o placebo.

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A pesquisa é supervisionada pelos cientistas Mihai Netea e Leonardus Joosten. Segundo o coordenador do estudo, Tenente Coronel Nascente, não trata-se de uma promessa de vacina contra a covid-19.

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“O que vamos fazer é avaliar sua eficácia em outros vírus, principalmente o novo coronavírus. As vacinas que serão usadas estão sendo aplicadas nos municípios dentro da campanha anual de vacinação contra gripe e, portanto, temos as reações adversas previstas, por isso é uma pesquisa considerada de baixo risco”, disse.

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A aplicação das vacinas começou nesta quarta-feira (16) e vai até o dia 25 de junho, no auditório da Fundação Tiradentes. São priorizados voluntários da fundação.

De acordo com a FPM, a duração do monitoramento de cada participante dependerá dos resultados preliminares obtidos após três meses, com duração máxima de seis meses.

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Durante a admissão de cada participante, será realizada a coleta de informações essenciais, como dados demográficos, histórico médico, uso de medicamentos e histórico de vacinação, através da aplicação de questionários. Em seguida, os participantes serão separados em grupos específicos.

Infectologista vê pouca efetividade no cotidiano

O médico infectologista Marcelo Daher afirmou que, atualmente, com muitas vacinas já aprovadas especificamente para combate ao coronavírus, a pesquisa teria pouca eficiência prática. “Com o cenário de vacinas chegando, vemos cada vez menos a necessidade de vacinas não específicas serem avaliadas com utilização prática no dia a dia”, disse.

“Essas pesquisas servem para conhecer melhor a resposta imune depois de uma vacina, amplificação de anticorpos em termos teóricos. Mas vejo pouca utilidade prática para o momento atual. Essa pesquisa em março ou junho do ano passado teria um resultado diferente em termos de perspectiva de utilização. Hoje é para conhecimento”, completou.

Segundo Daher, porém, a campanha contra a influenza em 2020, concomitante à pandemia de covid-19, não impediu infecções pelo coronavírus, o que indica que essas vacinas podem não ser eficazes contra o Sars-CoV-2. “Temos algumas respostas já sabendo que isso não vai dar uma proteção tão grande”, pontuou.

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