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Pesquisa discute abandono de idosos no Hugo

O abandono familiar de pacientes idosos no Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) foi apresentado durante a 6ª Mostra Cientifica Individual do Hugo, que aconteceu nesta quinta-feira (18) no hospital. A mostra é uma iniciativa do Comitê de Ética e Pesquisa da Diretoria de Ensino e Pesquisa (CEP/DEP) do Hugo, apresentado pela assistente social Andressa Karoline Martins da Silva. O projeto é fruto do artigo de conclusão da residência em Serviço Social do Programa de Residência Integrada Multiprofissional em Urgência e Trauma da profissional, que foi iniciado em março de 2014 e concluído em fevereiro deste ano.

A pesquisa retrata do abandono familiar de pacientes idosos no hospital. Diante da amostra e dos resultados obtidos, 60% dos pacientes recebem alta médica e outros 40% vão a óbito. Dos seis pacientes que recebem alta, três deles deixam a unidade hospitalar sem estar acompanhados por familiares ou responsáveis e são encaminhados para abrigos. “Por isso a necessidade de se discutir e de se buscar o entendimento sobre tal situação e sobre a práxis profissional dos assistentes sociais diante da alta hospitalar e a alta social”, explica a autora da pesquisa. 

No ano que foi iniciada a pesquisa, em 2014, segundo levantamentos estatísticos realizados pelo Serviço de Arquivo Médico e Estatística (Same) do Hugo, 10 idosos foram abandonados no hospital. Em sua maioria, os pacientes em estado de abandono são homens, com baixa escolaridade, entre 60 e 69 anos de idade, que são considerados idosos jovens. Entre os motivos da rejeição relatados nos acompanhamentos sociais, os mais citados foram o trabalho, a falta de veículos, problemas familiares e o uso de substância psicoativas por estes pacientes. 

A pesquisa aponta que idosos que são desprezados pela família, além do impacto no seu processo de recuperação, aumentam a probabilidade de infecção e outras complicações, o que decorre na ocupação de leitos, julgado por grande número de pessoas que aguardam vagas na rede pública de saúde. “Um idoso chegou a aguardar até dez dias após a prescrição da sua alta social, porque estava aguardando por uma vaga em um local que pudesse acolhê-lo, tendo em vista seu direito à cidadania, à saúde, à proteção social e às demais políticas públicas” relata Andressa da Silva.

Ainda de acordo com a pesquisa, em 2015, 16 idosos foram abandonados no Hugo, e em 2016, já ocorreram seis casos. 

Laura Santos Braga

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