Ao final de dois anos de governo, a avaliação do goianiense sobre a administração do prefeito Paulo Garcia (PT) na prefeitura de Goiânia tem índices maiores para a reprovação do que para a aprovação. Levantamento atual feito pela Grupom Pesquisa de Mercado, com margem de erro de 4% para mais ou para menos, mostra que é de 85,2% a avaliação negativa do eleitor goianiense sobre a administração municipal. Consequentemente, a avaliação positiva é de 14,8%.
A série histórica de avaliação da administração mostra que a gestão de Paulo Garcia, na prefeitura de Goiânia, já teve momentos bem melhores, em 2012, mas chega ao final de 2014 com o mais elevado índice de reprovação. Em 2013, a prefeitura enfrentou uma grave crise na saúde e em 2014 os problemas repetiram-se na área do lixo. Apesar de razoavelmente contornadas, as crises deixaram uma imagem que não foi revertida.
Veja o relatório da pesquisa Grupom:
A avaliação positiva da administração do prefeito Paulo Garcia era de 65,7% em setembro de 2012 (Compreensão; Confiança; Satisfação). Os índices mudaram de acordo com o passar do tempo. Em janeiro de 2014, houve uma queda para 35,1%, após um ano da administração. Antes da eleição, em junho deste ano, caiu para 23,1%. Agora, com o novo levantamento de dados deste mês, o índice registrou nova queda para 14,8%.
A avaliação negativa (Decepção; Rejeição; Desconfiança) seguiu o caminho inverso, em cada uma das rodadas, segundo a pesquisa Grupom que identificou o sentimento da população em relação à gestão do prefeito de Goiânia, Paulo Garcia. Era de 34,2% em setembro de 2012, saltou para 64,9% em janeiro, subiu novamente para 76,9% em junho deste ano e chegou ao maior índice neste mês de dezembro, 85,2%.
Estratificação
A avaliação negativa da população tem estratificações com diversos dados e, segundo a Grupom, a “decepção é um dos mais significativos. Nesta parte, a última rodada da pesquisa indica que os cidadãos com idade entre 40 e 55 anos se sentem mais decepcionados com a administração da prefeitura de Goiânia (60,2%), acima da média de 53,1%. Este sentimento é manifestado com índice maior, também, por mulheres (57,9%). A decepção é menor entre os goianienses com idade entre 20 e 40 anos (43,2%) e entre os ganham mais de 10 salários mínimos (44,4%).
Segundo a Grupom, a população da região leste de Goiânia apresenta um índice mais elevado de “decepção” (70,2%) e a região oeste tem o índice menor (50%). Na região norte, os “decepcionados” são 51,1% e na região sul o índice é de 53,5%.
Quanto à “rejeição” como sentimento do eleitor em relação à atual administração da prefeitura de Goiânia, a estratificação, mostra que a média é de 21,6%. Entre os que têm primeiro grau ela é menor (16%) e entre as mulheres é de 17,5%. Por outro lado, a “rejeição” é maior entre os homens (26%), entre os que têm nível superior (28,6%) e entre os que ganham mais de 10 salários mínimos (32%).
Os dados do relatório da pesquisa Grupom mostram que o sentimento de “rejeição” tem leves alterações dependendo do local de moradia do eleitor. Na região central de Goiânia o cidadão consultado pela pesquisa rejeita mais a administração da prefeitura de Goiânia (26,2%) e na região periférica ela é menor (18,8%).
Metodologia
A pesquisa ouviu 600 eleitores em cada rodada e tem margem de erro de 4% para mais ou para menos. A coleta de dados foi feita nos meses referenciados: setembro/12; janeiro/14; junho/14 e dezembro/14. As rodadas da pesquisa foram feitas pela empresa Grupom Consultoria e Pesquisas, sob a responsabilidade de Mário Rodrigues Filho.