Uma das balas que atingiu Isadora de Morais, de 14 anos, durante um atentado no Colégio Goyases na última sexta-feira (20) causou uma lesão medular, na décima vértebra torácica, que deixou a adolescente paraplégica. Durante entrevista coletiva realizada nesta quarta-feira (25), os médicos informaram que o quadro é irreversível.
“Esse projétil fez uma lesão da medula, que é o canal que passa dentro da coluna. Ela não move as pernas, em decorrência dessa lesão medular. Em caráter irreversível. Estudos precisam ser feitos, novos exames. Até agora é em caráter irreversível. […] Depois de sair da UTI, ela segue para a reabilitação”, informou Ricardo Furtado, diretor técnico do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo).
Conforme o coordenador médico da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hugo, Alexandre Amaral, os estilhaços da bala continuam alojados no corpo da jovem. No entanto, não há previsão de retirá-los por agora.
“Com o pulmão ainda não bom, em uma fase traumática, que chamamos de inflamatória […] só poderia vir a trazer algum tipo de prejuízo, porque é um procedimento cirúrgico e tem seus riscos. Então, espera-se passar essa fase e faz isso de forma eletiva ou, às vezes, nem faz. A bala fica lá e não vai ter nenhum tipo de problemas a mais que já tem, no caso da lesão permanente”, explicou Alexandre Amaral.
Os pais de Isadora, Isabel dos Santos e Carlos Alberto de Morais, participaram da entrevista coletiva e falaram como está sendo para a família passar por essas situação.
“Impacto muito grande, principalmente nas primeiras horas. Com toda a certeza do mundo, é uma força que está vindo, e não tem nem como falar para vocês de onde está vindo essa força, mas não está sendo nada fácil. A gente nunca imagina que pode acontecer isso com a gente, a gente vê tantas notícias. Dói demais. Não tem explicação. A gente tem certeza, a cada dia que passa, ela vai voltar pra nossa casa. A primeira coisa que a gente queria é que ela estivesse viva, e Deus nos deu ela novamente”, afirmou o pai.
Apesar da lesão medular, Isadora tem estado de saúde regular, está consciente, orientada e respira sem auxílio de aparelhos. Os médicos informaram que há momentos que existe a necessidade de colocar uma máscara na adolescente para ajudar a manter o pulmão aberto, mas o processo não é feito de forma mecânica.
“Tem momentos que coloca uma máscara que faz uma pressão e mantem os pulmões mais abertos”, disse Ricardo Furtado. Segundo Alexandre Amaral, a máscara faz com que ela respire mais facilmente “não sobrecarregue os músculos que ela tem. Isso pode levar a uma falência respiratória”, informou o coordenador.
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