A Celg Distribuição (Celg D) foi considerada a pior distribuidora de energia do país, pelo segundo ano consecutivo, em ranking divulgado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O relatório considera 36 concessionárias de distribuição no Brasil.
Com isso, a Celg D precisa apresentar à Aneel um plano de ação com investimentos e melhorias a serem cumpridos.
Segundo reportagem do jornal O Popular, no ano passado, a média de interrupções do fornecimento de energia foi de 17,61 horas, o que indica 39 minutos a menos do que o registrado em 2013. O consumidor goiano ficou 40,40 horas sem luz contra 40,03, apresentado no ano anterior, sendo que o limite estabelecido pela Aneel é de 16,63 horas.
De acordo com o diretor de regulação da Celg D e vice-presidente da Companhia Celg de Participações (Celg Par), Elie Chidiac, um dos fatores que contribuíram para a piora na distribuição foi o aumento da temperatura. Ainda segundo ele, apesar do aumento da temperatura em outras regiões do país, o agravante de Goiás foi a falta de investimentos.
“(O calor) Atingiu outras regiões, mas como não houve investimentos na rede, nem da manutenção, nem da extensão, de 2007 a 2011, nós ainda estamos devendo muito“, disse Chidiac.
No ano passado, a Celg teve que pagar R$ 59 milhões em descontos na fatura de energia para compensar os usuários. Em 2010, o ressarcimento foi de aproximadamente R$ 17 milhões, o que aponta um grande crescimento com o passar dos anos. Para Chidiac, “Você é penalizado quando não entrega energia de qualidade e pala variação de rensão, porque estraga equipamentos“. Cerca de 2,6 milhões de consumidores deixaram de ser atendidos pela Companhia.
A Companhia Luz e Força Santa Cruz (CPFL Santa Cruz) foi a primeira colocada no Ranking da Aneel. A concessionária deixou seus consumidores apenas 6,74 horas sem energia, em 2014.