A secretária Municipal de Saúde, Fátima Mrué, será ouvida nesta sexta-feira (9) por vereadores que compõem a Comissão Especial de Inquérito (CEI) da Câmara de Vereadores, que investiga supostas irregularidades do sistema de saúde de Goiânia.
Conforme a Câmara, o encontro está marcado para às 8h30, na Sala de Reuniões das Comissões. Esta é a quarta vez que a secretária é convocada pela CEI da Saúde para prestar esclarecimentos sobre o funcionamento da rede municipal.
Nesta quarta-feira (7), durante um programa de gastronomia chamado Live da Ciça, a vereadora Cristina Lopes (PSDB) afirmou que existe, sim, desvio de dinheiro na saúde de Goiânia.
“Há falta de organização, há, sim, desvio de dinheiro, há má utilização do dinheiro público. […] Eu vejo em Goiânia uma gestão que administra a morte e não a vida. As pessoas estão agravando. […] Eu tenho feito várias denúncias, espero que essa Comissão Especial de Inquérito realmente dê uma resposta com uma melhora nos serviços. O Ministério Público estadual já pediu o afastamento da secretária, o prefeito insiste que ela só sai do cargo se ele morrer. Ninguém está entendendo o que ela está fazendo. Tira um sistema que opera bem, um sistema de informática, compra um sistema sem licitação por R$ 4,2 milhões, que ninguém sabe operar, que aumentou as filas, que piorou a situação de todo mundo, e aí? Isso é bom? É dinheiro público. A coisa piorou”, disse.
Nesta quinta-feira (8), a CEI ouviu o diretor de Atenção Básica do Ministério da Saúde, João Salame Neto. Segundo o diretor, existe a possibilidade de que as ambulâncias sejam substituídas caso tenham mais de cinco anos e que o município também pode solicitar a aquisição de novos veículos.
O vereador Anderson Sales (PSDC) solicitou a João Neto informações sobre a construção do Centro de Saúde da Família do Conjunto Riviera, que foi iniciada durante a gestão de Paulo Garcia (PT) e até o momento não foi concluída.
Conforme o diretor, o Ministério da Saúde não tem condições de aportar mais recursos para esse Centro de Saúde e que o Tribuna de Contas da União também não aceitaria. João Neto explicou que as obras deverão ser retomadas com recursos do município ou do Estado e, aí sim, a União repassaria o restante que ainda não foi transferido.