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Economia
| Em 2 anos atrás

Pela primeira vez em dois anos, poupança deixa de perder para inflação

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Com o recuo da inflação ocorrido em setembro, pela primeira vez em dois anos, a aplicação financeira mais tradicional do Brasil deixou de perder para a inflação. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou ontem (11) que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou negativo, chegando a 0,29%.

De acordo com o Banco Central, por meio da Calculadora do Cidadão, a caderneta de poupança rendeu 7,27% em 12 meses. O valor entra em conformidade com uma aplicação feita em 11 de outubro de 2021, que não foi mexida até ontem. No mesmo período de tempo, a inflação oficial acumula 7,17%.

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O último feito desse tipo, em que o rendimento da poupança supera a inflação, aconteceu em agosto de 2020. Na ocasião a caderneta rendeu 0,45% acima do IPCA em 12 meses. De lá para cá, o rendimento foi inferior a inflação, com o pior momento registrado em outubro de 2021, quando a poupança perdeu 7,59% contra a inflação no acumulado de 12 meses.

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O IPCA recuou depois dos cortes de impostos nos combustíveis, na energia, nas telecomunicações e no transporte coletivo. Aos poucos, estes fatores reverteram a perda da poupança para a inflação. A estimativa é de que a poupança continue ganhando da inflação nos próximos meses. Na última edição da pesquisa do Banco Central com investidores, analistas previam o fechamento de 5,71% do IPCA em 2022.

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Nos últimos anos, por conta do aumento da inflação e da perda de rendimento da poupança, foi observada a fuga recorde de brasileiros que sacaram a aplicação no fundo, fato que pode ser melhorado pelo cenário atual. De janeiro a setembro foram resgatados R$ 91,07 bilhões a mais do que o depositado pelos brasileiros. Somente em setembro a retirada líquida chegou a R$ 5,9 bilhões.

(Com informações da Agência Brasil)

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