O pedido de adiamento do consórcio que toca as obras do BRT Norte-Sul para a adiar mais uma vez a entrega do serviço provocou frustração na Prefeitura de Goiânia, de acordo com o secretário de Infraestrutura Denes Pereira (Solidariedade). Ele e o prefeito Rogério Cruz (Republicanos) têm conduzido as negociações junto à empresa que colocou outubro como prazo para entrega. O compromisso era para o próximo dia 30 de junho.
“Estamos conversando com a empresa e falando da nossa frustração”, pontuou Denes Pereira em entrevista exclusiva ao Diário de Goiás. Ele destaca que o prefeito Rogério Cruz (Republicanos) vai tentar uma medida paliativa junto ao RedeMob Consórcio para que mesmo com o atraso, os ônibus possam operar parcialmente no trajeto do BRT, como acontece entre o Terminal Isidória e o Terminal Paulo Garcia.
“O prefeito já determinou que façamos um cronograma diferenciado no sentido de que, independente da conclusão da obra como a empresa pediu até outubro, a Prefeitura de Goiânia junto com a Redemob possa fazer um tipo de operação para antecipar a operação e atender a população”, destacou.
Se a questão envolve reajustes financeiros, Denes disse que tudo será avalizado por meio dos órgãos de controle. “Olha, todos os reajustes previstos na nossa constituição e no contrato, a Prefeitura tem cumprido. A Prefeitura não se furta nenhum tipo de discussão. A empresa faz a solicitação, nós consultamos os órgãos de controle e o que a lei determinará será feito”, pontuou.
Denes Pereira também comentou sobre o ponto mais crítico de toda a obra do BRT Norte-Sul. Se o trecho 2 está para ser entregue em outubro, o trecho 1 está em fase final e longe até de começar. No entanto, de acordo com o titular, a situação deve mudar em breve. Conservas com o Governo Federal e com a Caixa Econômica estão em fase final.
“Já tivemos algumas vezes no Ministério das Cidades, o prefeito ao lado do governador Ronaldo Caiado já falou com o ministro Renan Filho. Depois tivemos mais duas vezes em Brasília, até na Caixa Econômica, a gente acredita que estamos na fase final, inclusive nessa última semana fizemos mais um atendimento a Caixa Econômica de alguns questionamentos e diligências. Acreditamos que muito em breve possamos lançar a licitação do trecho 1”, pontuou.
Ele ainda destacou quais são os principais entraves que impedem a solução do problema. “É uma série de questionamentos da Caixa, da Controladoria-Geral da União em relação à obra… Obra federal tem essas contingências que podem ocorrer. Já existe uma parte do recurso garantido que é de um grande trecho desse trecho 1 e a Prefeitura de Goiânia faz a gestão junto aos ministérios e a Caixa para que possamos de uma vez por todas publicar a licitação e começar essas obras, até a discussão dos restos de recursos”, explicou.