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Categorias: Brasil
| Em 9 anos atrás

Pecuarista reclama de tratamento dado a ele pela mídia e destaca que é inocente

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Após horas sem responder às perguntas dos deputados da comissão parlamentar de inquérito (CPI) que investiga, na Câmara dos Deputados, ações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o empresário e pecuarista José Carlos Bumlai aproveitou o tempo que tinha para suas falas finais e fez diversas críticas à forma como o seu caso está sendo abordado por políticos e pela mídia. “Até meu nome trocaram. Meu nome é José Carlos. Não é ‘amigo de Lula’. Esse é o meu nome”, disse ele.

“Tenho minha consciência absolutamente tranquila, e o tempo vai mostrar que não privilegiei ninguém, que não tenho cor partidária, nem filiação a partido político. Quero ter o prazer de um dia poder voltar e mostrar o resultado dessas investigações todas. Muito do que foi dito aqui não são realmente os fatos. Os fatos eu vou mostrá-los. Eu tenho provas. Não tenho conversa fiada”, disse ele aos deputados integrantes da CPI, após recusar-se a responder a todas as perguntas feitas por eles.

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“O fato de eu ter me calado não significa consentir. Quem cala consente não é uma verdade”, acrescentou. O pecuarista enfatizou que poderia ter colaborado com a CPI, caso não estivesse depondo na condição de réu. “Vim a Brasília na semana passada para responder a todas as perguntas, na condição de testemunha. Vim para responder, e vocês ficariam satisfeitos”, disse ele. “Mas, ao mudarem minha condição de testemunha para a de acusado, tudo mudou. E, por orientação de meu advogado, me resguardei das respostas que poderia dar.”

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“Ouvi aqui uma série de incriminações à minha pessoa que os senhores terão oportunidades para ver que não são verdades. Eu tenho princípios. Eu tenho normas. Jamais me deixei levar por amizades de A, B ou C. Minha vida foi construída com trabalho e com muito suor. Morando em porões. Trabalhando e construindo partes deste Brasil que ninguém aqui sabe”, disse Bumlai, ao lembrar ter construído a primeira linha de metrô em São Paulo, e 600 quilômetros da Ferronorte, “a mais avançada ferrovia deste Brasil”.

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“Isso ninguém fala. Hoje nós somos os maiores exportadores de carne porque temos uma carne rastreada no Brasil. Foram anos e anos de trabalho. E eu tenho o animal rastreado número 1, deste país que se vangloria de ser o maior exportador de carne do mundo, com um mundo que quer saber a origem da carne. Sinto-me muito feliz por isso”, acrescentou.

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