Em entrevista ao Jornal Serra Dourada, o secretario de Segurança Pública, Joaquim Mesquita, garantiu resposta rápida aos Policiais Civis em greve há 65 dias em Goiás, em busca de um acordo que coloque fim na paralisação da categoria.
“Enviamos nossa proposta no dia 15 de outubro e estamos aguardando a contraproposta. Eles concordaram em enviar ainda hoje e acredito que, até amanhã, teremos uma resposta que seja condizente aos anseios dos grevistas e ao orçamento do Governo do Estado”, declarou o secretário.
O presidente goiano do Sindicato dos Policiais Civis (Sindipol), Silveira Alves Moura, ressaltou que o reajuste do piso é indispensável. “Não aceitamos apenas a concessão do bônus por resultados, queremos o aumento do teto para R$ 7,25 mil ou o reajuste proporcional de 60%.”
Mesquita deixou claro que o Estado não pode arcar com o R$ 7,25 mil, mas que a nova proposta será avaliada. “Faremos o possível. Estamos trabalhando em prol das negociações”, disse.
Silveira Alves foi rápido na resposta: “Se a contrapartida do governo for justa, encerraremos, imediatamente, a greve.”
Ocupação da Alego
Meses após a paralisação dos policiais, o Plenário da Assembleia Legislativa de Goiás foi ocupado pelos manifestantes. O presidente da Casa, deputado Helder Valin (PSDB), tentou evitar a ocupação durante uma conversa com representantes da categoria, na tarde de ontem, 18, que não aceitaram acordos.
Diante da situação, a Procuradoria da Casa elaborou um pedido de reintegração de posse do Plenário que será protocolado por Valin, na tarde de hoje, 19, no Tribunal de Justiça do Estado de Goiás.