A reunião da Comissão Mista desta semana teve um caráter especial, o prefeito de Goiânia, Paulo Garcia foi prestar contas relativas ao último quadrimestre de 2013. A previsão era que a reunião se iniciasse as oito horas.
O prefeito chegou com 28 minutos de atraso e a sessão foi aberta quatro minutos depois.
Números:
O prefeito afirmou que o orçamento previsto foi de três bilhões e 455 milhões de reais. O arrecadado foi de três bilhões e 196 milhões aproximadamente o que resulta uma diferença de 258 milhões de reais.
Quanto as despesas o a previsão era de três bilhões e 691 milhões e o empenhado, ou seja, o que foi realmente foi gasto na ordem de três bilhões e 47 milhões de reais.
Funcionalismo: O gasto com o funcionalismo público fechou em 54,96%, 0,96% acima do chamado limite prudencial.
Comurg:
O vereador Elias Vaz questionou o prefeito Paulo Garcia sobre os supersalários na Comurg. O prefeito respondeu que tudo o que estava dentro do princípio da legalidade foi possível fazer, ou seja, cortes de salários foram feitos.
Paulo Garcia aponta que neste mês começa a devolução dos supersalários na Comurg.
Finanças: A situação financeira da prefeitura foi o tema que os parlamentares mais questionaram a Paulo Garcia.
Anselmo Pereira (PSDB) perguntou ao prefeito Paulo Garcia sobre a possiblidade de criação de um Instituto de Planejamento para ficar responsável pela captação de recursos. A criação do instituto está prevista no plano diretor e também no próprio plano de governo de Paulo Garcia.
Djalma Araújo (SDD) fez uma série de questionamentos sobre contratos milionários da prefeitura com empresas que atuam em diferentes áreas. Segundo o parlamentar os contratos são irregulares, trazem prejuízo ao erário público. O vereador apontou que a pessoas na prefeitura estariam sendo beneficiadas com as altas cifras repassadas.
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No momento da resposta de Paulo Garcia a Djalma Araújo, o prefeito argumentou que não participa de conluios para ter benefícios próprios. O clima esquentou neste momento. Ao dar a resposta, o prefeito acabou até mesmo batendo por duas vezes na mesa.
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O vereador Elias Vaz (PSB) foi outro que fez questionamentos relacionados as finanças da prefeitura. O parlamentar argumentou que na última prestação o prefeito já havia sido questionado sobre a situação financeira.
O vereador apresentou a transcrição taquigráfica para mostrar ao prefeito que ele não respondeu. Elias Vaz ainda perguntou sobre a utilização dos fundos do município, por exemplo, o fundo previdenciário dos servidores.
O prefeito respondeu que as dívidas tem origem no ano 2000, no mandato de Nion Albernaz.
Paulo Garcia fez um resumo das medidas da situação das finanças: “ou se aumenta o bolo da receita ou diminui o gasto, são 2+2”, afirma.
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A prefeitura tem até o dia 15 de abril para fechar as contas do ano passado. Segundo Paulo Garcia a dívida hoje com fornecedores e empresas que prestam serviços para a prefeitura, já não é de 291 milhões de reais, mas sim de 260 milhões de reais.
Em entrevista coletiva logo após a prestação de contas, o prefeito de Goiânia, Paulo Garcia, declarou que na próxima segunda-feira pretende apresentar algumas medidas relacionadas as finanças da prefeitura entre elas está possivelmente a extinção de algumas pastas.