O prefeito de Goiânia, Paulo Garcia (PT), já sinalizou o início de sua reforma administrativa. Montou uma comissão política para analisar as necessidades de cada secretaria. Eis o primeiro passo para decisões que serão, no mínimo, delicadas. É a hora de inversão dos papeis. Protagonistas viram coadjuvantes e coadjuvantes protagonizam.
Reeleito, Paulo se cacifou para implantação de uma gestão que poderá sair da sombra de Iris Rezende (PMDB). Ao menos, é o que esperam os companheiros do PT. Os peemedebistas, por outro lado, confiam na reciprocidade da parceria. Cautela será o substantivo da vez.
Os petistas estão ansiosos para ocupar mais espaço na prefeitura. O PMDB não quer menos do que já tem. O prefeito terá que ser diplomático para evitar tensionamento na aliança para 2014. O grupo poderá sair fortalecido, ou não.
Em 2011, as modificações administrativas tentaram abraçar nomes do PMDB para garantir o apoio político em 2012. Não foi fácil. Deputados do partido foram a público cobrar do PT uma sinalização para a sucessão de 2014, pelo apoio à reeleição.
O momento é outro. O Partido dos Trabalhadores cresceu. Se engrandeceu. Quer ir além no pleito estadual. A ideia de necessidade de união é certa. O que não está confirmado é o consenso entre os integrantes da base. Até agora, o discurso e a prática caminham em sentido contrário.