A crise financeira da prefeitura de Goiânia que esta dominando os noticiários nos últimos meses continua dominando as principais colunas informativas do final de semana.
O jornalista Jarbas Rodrigues na coluna Giro aponta que a Comurg se transformou em um “monstro”, como destaca o prefeito Paulo Garcia.
Paulo Garcia diz que a Comurg perdeu foco e se transformou num “monstro”
O prefeito Paulo Garcia (PT) afirma que tem tomado medidas para reverter os principais problemas da capital a partir de maio. Um dos focos será a Comurg, que passará por enxugamento até de diretorias. “Ela passou a executar serviços que não são de sua alçada, como obras públicas. Seu foco e prioridade voltarão ser a limpeza urbana”, diz. O prefeito afirma que as dificuldades de sua gestão são: período de chuvas (buracos nas ruas, dengue e mato), recursos, folha salarial, burocracia e questões políticas. “A maior parte disto já terá solução em muito breve”, promete. O prefeito enviará projeto de lei para a Câmara de Goiânia que prevê recuperar até R$ 1 bilhão de dívidas de contribuintes. Além de vender áreas públicas que poderão render mais R$ 400 milhões aos cofres do município. “Teremos neste ano também boas novidades do governo federal para Goiânia”, frisa. Paulo Garcia acredita que as questões políticas terão menor impacto sobre a gestão do Paço com a definição do quadro eleitoral em Goiás.
Já o secretário de finanças de Goiânia, Cairo de Freitas, afirmou em entrevista ao jornalista Rubens Salomão da coluna Xadrez do Jornal O Hoje, que o prefeito Paulo Garcia ignorou o relatório feito por ele e apresentado em fevereiro por prudência.
Paulo Garcia ignorou relatório por “prudência”, segundo secretário
O prefeito de Goiânia recebeu, no dia 17 de fevereiro, relatório elaborado pelo secretário de finanças, Cairo Peixoto, em que a situação do município é caracterizada como “insustentável” e propostas de economia são apresentadas para “sair desta situação, que está chegando ao caos”, segundo o documento. O petista, no entanto, rejeitou as sugestões, que resultariam em redução de R$ 540 milhões por ano nos gastos, e apresentou reforma para conter despesas no valor máximo de R$ 80 milhões em um ano. “Foi no início, logo que eu assumi, e o prefeito achou que estava muito angustiado e afoito com a situação com que me deparei. Ele quis ser mais prudente: fazer essa reforma e fazer de forma mais escalonada, por etapas. Na época, eu queria fazer de uma vez por todas, mas a gente apoia a decisão do prefeito e essa reforma já vai ajudar a situação financeira”, defende Cairo. Entre as medidas propostas à época, algumas eram polêmicas, como retorno do ISTI dos atuais 2%, para 3,5% e o início da cobrança de taxa de coleta de lixo.