Paulo e PT ajustam discurso sobre Gomide

Sim, eles falam a mesma língua. Se distinguem, porém, na forma.

Afinados com a pré-candidatura do prefeito de Anápolis, Antônio Gomide (PT), e conscientes da importância do partido no processo eleitoral, Paulo Garcia e o PT regional estão, de fato, em um mesmo barco.

 

O prefeito, por sua vez, discursa como administrador preocupado com os compromissos políticos assumidos durante a campanha eleitoral.

Enquanto isso, o presidente estadual do PT, Ceser Donisete, e os demais companheiros de partido, falam com a experiência de quem sabe que, no processo eleitoral, time que não entra em campo não tem chance de sair vitorioso.

No resumo dos fatos, as divergências internas ficam por conta das linhas editorias interessadas no assunto. As brigas reais já tomaram novos rumos.

Após a reunião da executiva do partido na tarde desta segunda-feira, 20, Paulo Garcia e Ceser Donisete apresentaram as mesmas conclusões.

“A pré-candidatura do companheiro Antônio Gomide é um consenso. Vamos trabalhar nisso até março, enquanto buscamos a parceria com os demais partidos da base da presidente Dilma, que são de oposição em Goiás”, ressaltou o presidente.

O prefeito só mudou o enfoque: “O partido deverá percorrer o Estado até o dia 29 de março, quando apresentaremos nossa decisão. Até lá, todos os membros têm desejos e projetos, o que é legítimo e faz parte do processo democrático. A decisão, porém, não será antecipada.”

Na prática, a vontade generalizada é pela consonância entre as siglas da oposição. É com este intuito que Gomide e Iris Rezende (PMDB) mantém o diálogo.

Os partidos, que estão em uma união estável há seis anos em Goiás, caminham para uma nova definição. Definição que, por sinal, não será apresentada nas convenções, mas no fim de março ou início de abril, como propagam os petistas.

Ou renovam os votos nupciais, ou assumem os riscos da separação. O prazo é o da desincompatibilização.

Com Júnior do Friboi no recesso político, as conversas caminharam. Agora, ele está voltando. Ele e seu jeito próprio de ‘fazer política’.