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Política
| Em 4 meses atrás

Paulo Daher tem até dia 19 para recuar em vice de Vanderlan, afirma Adriano do Baldy

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Secretário-geral do Partido Progressista (PP), o deputado federal Adriano do Baldy afirma que o ex-vereador e presidente municipal do PP, Paulo Daher, tem até dia 19 para recuar na composição que fez, ocupando a vaga de candidato a vice-prefeito de Goiânia na chapa de Vanderlan Cardoso (PSD). Ele disse que Daher foi comunicado pela Executiva do partido através de uma interpelação.

Em entrevista ao Diário de Goiás na tarde desta sexta-feira (9), ele também afirmou que o assunto continua judicializado. E que o PP “vai às últimas instâncias, até o Supremo, se for preciso” contra a aliança.

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Mudança no combinado

Bastante irritado com o ocorrido, com piadas que disse estar ouvindo sobre a situação e com notícias informando que o PP está dividido, ele disse que a maioria dos progressistas discorda da atitude de Daher.  “Olha, 99,9% das pessoas do partido querem seguir o candidato do União Brasil [Sandro Mabel, da base do governador Ronaldo Caiado]. Fechamos com ele no sábado, no domingo Sandro foi na nossa reunião e estava tudo certo”, relata.

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Entretanto, na segunda-feira (5), ao anunciar que estava na chapa junto com o PSD, Daher concedeu entrevista dizendo que a aliança é um anseio das lideranças pepistas. “O desejo dos pré-candidatos [a vereador] é o de caminhar com Vanderlan porque ele é o mais qualificado para reconduzir Goiânia aos trilhos do desenvolvimento”, defendeu o presidente da legenda na ocasião.

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Procurado nesta sexta, Paulo Daher não atendeu a reportagem do Diário de Goiás nem retornou a mensagem enviada antes desta publicação.

“A gente virou as costas e ele fez tudo ao contrário”

Adriano do Baldy  conta sua versão para o ocorrido: “O cidadão [Paulo Daher] carregou a ata, levou para a casa dele e simplesmente fez o que quis. Ele tinha a senha do Candex. A gente virou as costas e ele fez tudo ao contrário. Não mandou cópia da ata e foi no Tribunal caladinho na segunda (5) e colocou da maneira que ele queria”, afirmou. Candex é o Sistema de Candidaturas do Tribunal Superior Eleitoral.

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“Foi golpe”, afirma deputado

Ele acusa o ex-vereador de ter alterado a ata e, sozinho, ter tomado a decisão de registrar a candidatura a vice, poucas horas depois de uma reunião em que 15 de 19 membros tinham concordado no oposto disso. “Pegamos na mão para fechar a decisão”, disse. O deputado considerou o fato uma grave quebra de confiança e desafiou que se manifeste quem do PP municipal concorda ou apoia o que o presidente municipal do PP fez. “Eu me calo se surgir um”, apostou, chamando a atitude de Paulo Daher de “golpe”.

Segundo ele, alguns dos 38 pré-candidatos a vereador da chapa estão indo à Polícia Civil tentando uma investigação sobre o ocorrido. Um deles é Danilo Arraes, conforme noticiou a coluna Giro do Jornal O Popular desta sexta-feira.

Perguntado pela reportagem se os participantes da reunião vão testemunhar em eventual caso de inquérito, Adriano disse que não. “Não vamos à Polícia. Os candidatos a vereador é que estão indo. Eles estão sem saber com quem vão fazer o material de campanha, estão prejudicados. A queixa-crime é deles”, sustenta.

Além disso, ele declarou que no dia 5 os progressistas que se sentiram “roubados”, se reuniram e foi deliberada a ratificação imediata da ata. “Também foi enviada notificação ao senhor Paulo para ele se pronunciar, se defender do que ele fez. E o prazo está vencendo dia 18 ou 19. Aí temos outras medidas que serão tomadas e que não posso dizer agora dizer. [Mas serão] na forma da lei, todos os trâmites e prerrogativas serão consideradas não apenas para a correção da ata como a retirada do cidadão [Daher] da presidência”, sublinhou.

Por enquanto Daher conseguiu na Justiça Eleitoral um mandado de segurança que assegurou a ele permanecer na presidência do diretório municipal. Com isso, a menos que ele desista da candidatura de vice de Vanderlan, ela está mantida.

“Temos todas as nossas ações documentadas, filmadas. Esse mandado deve cair na segunda-feira”, estima ele.

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Marília Assunção

Jornalista formada pela Universidade Federal de Goiás. Também formada em História pela Universidade Católica de Goiás e pós-graduada em Regulação Econômica de Mercados pela Universidade de Brasília. Repórter de diferentes áreas para os jornais O Popular e Estadão (correspondente). Prêmios de jornalismo: duas edições do Crea/GO, Embratel e Esso em categoria nacional.