Murilo Ulhoa, presidente da CMTC, no anúncio do reajuste da passagem
A nova tarifa, com reajuste de 12,1%, será praticada pelas empresas do transporte coeltivo da Região Metropolitana de Goiânia (18 municípios) a partir de sábado de Carnaval, dia 6. A decisão foi tomada pela Câmara Deliberativa do Transporte Coletivo em reunião realizada nesta quarta-feira (3).
Segundo a Companhia Metropolitana do Transporte Coletivo (CMTC), o índice foi definido de acordo com “os índices inflacionários e a alta do óleo diesel”. Os fatos impactaram o reajuste segundo os estudos feitos conforme o contrato de concessão do transporte coletivo. O órgão alegou que o índice é menor do que a inflação do que o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) medido pelo Instituto Mauro Borges, de 14,18%.
Segundo a CMTC, o reajuste inflacionário elevaria a passagem para R$3,7394 mas os integrantes da CDTC, presidida pelo prefeito Paulo Garcia (PT), decidiram por arredondar o valor para baixo.
“O reajuste é anual, de 12 em 12 meses, e coincidentemente coincidiu agora no carnaval. O reajuste é a variação dos índices inflacionários, mais a variação do preço do óleo diesel, a variação do salário dos motoristas, dos preços das peças do veículo e do índice de passageiros por quilômetro rodado”, explica o presidente da CMTC, Murilo Ulhôa.
O presidente informou que o cálculo foi referendado pela Agência Goiana de Regulação, Controle e Fiscalização de Serviços Públicos (AGR).
Os empresários do transporte coletivo alegaram recentemente que o sistema tem dado prejuízo para as empresas. Segundo Décio Caetano, o caixa das empresas perdeu R$100 milhões de reais desde o início da concessão, em 2008.
Recentemente, a empresa Rápido Araguaia teve seus veículos tomados pelo Banco Volkswagem por causa do atraso no pagamento de parcelas do financiamento de veículos.
Em 2015, a tarifa do transporte coletivo de Goiânia também foi reajustada no período de Carnaval, portanto, o aumento era esperado para esta mesma data de 2016.
Participaram da reunião nesta quarta-feira o prefeito de Goiânia, Paulo Garcia; secretário Vilmar Rocha (Secima); prefeito de Aparecida de Goiânia, Maguito Vilela; prefeito de Senador Canedo, Misael Oliveira; presidente da Agência Goiana de Regulação (AGR), Ridoval Chiareloto; presidente da CMTC, Murilo Ulhôa; deputado estadual Marlúcio Pereira, representando a Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego); secretário Municipal de Trânsito, Andrey Azeredo; secretário Municipal de Planejamento, Sebastião Ferreira Leite; e os vereadores Thiago Albernaz e Ivaldeny Pereira Pires, representando respectivamente a Câmara Municipal de Goiânia e a Associação das Câmaras Municipais de Vereadores de Goiás.
Questionado sobre melhorias no transporte público, Murilo Ulhôa disse durante entrevista coletiva que Goiânia já está recebendo vários investimentos, mas todos relacionados à infraestrutura. Para o presidente, maior quantidade de ônibus não influenciará tanto na qualidade do transporte quanto a fluidez no trânsito.
“A Região Metropolitana de Goiânia tem recebido vários investimentos nos últimos três anos como talvez nunca tenha recebido antes. É uma semente que o prefeito Paulo Garcia plantou, que é a entrega de três corredores preferenciais para a população da grande Goiânia, a construção do corredor T-7, que vai ser entregue para a população ainda em 2016, o corretor BRT Norte-Sul, que vai beneficiar 120 mil passageiros por dia, que também está em execução, fora a extensão do Eixo Anhanguera, que foi feito pelo governo de Goiás nos últimos dois anos, beneficiando três importantes municípios, que são Trindade, Goianira e Senador Canedo. Não adianta colocarmos mais 100, 200 ônibus nas ruas de Goiânia que nós vamos viver sempre lotados hoje”, afirmou.
Em relação ao bilhete de sitpass, que sairá de circulação no meio do ano, o presidente informou que os usuários deverão se adequar ao Cartão Fácil, que será disponibilizado para venda em todas as plataformas do Eixo Anhanguera e terminais de ônibus.
“O problema do cartão sitpass é que as indústrias que produzem o cartão estão fechando e só existe uma atualmente que produz o cartão, e já anunciou que vai parar de produzir. Esse sitpass está sendo substituído pelos cartões fáceis. Vão ter as máquinas em todas as plataformas e todos os terminais que a pessoa adquirir de imediato o cartão. Na rodoviária tem alguns lugares que vendem o cartão fora do horário comercial”, finalizou.
