Em nota divulgada nesta sexta-feira (13), a Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC) informa que a partir da próxima segunda-feira (16) a passagem de ônibus, que custa R$ 2,80, passará a custar R$ 3,30.
O aumento de 17,85% foi decidido após realização de estudo tarifário, que obteve pronunciamento favorável e formalizado da Agência Goiana de Regulação, Controle e Fiscalização de Serviços Públicos (AGR).
A motivação, ainda segundo nota divulgada, se deve à falta de pagamento de aportes mensais por parte do Estado às empresas de transporte coletivo, que corresponde a 50% do total das gratuidades tarifárias.
Após solicitação formal realizada pelas empresas concessionárias do sistema de transporte coletivo da região metropolitana, a Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC) realizou estudo tarifário, que obteve pronunciamento favorável e formalizado da Agência Goiana de Regulação, Controle e Fiscalização de Serviços Públicos (AGR). A revisão da tarifa foi avaliada e aprovada, por unanimidade, hoje pelos membros da Câmara Deliberativa do Transporte Coletivo (CDTC), assim como a data de vigor da mesma.
Devido à impossibilidade de desoneração da tarifa por meio de aportes mensais assumidos, no ano passado, pelo Governo do Estado de Goiás, que corresponderia a 50% do total das gratuidades tarifárias, a tarifa precisou ser recomposta passando de R$ 2,80 para R$ 3,30.
O não pagamento das gratuidades modificou a estrutura de custo fixada originalmente no contrato de concessão do serviço. A operação do transporte coletivo também receberá o incremento de mais mil novas viagens diárias. O novo valor será cobrado a partir das 05 horas de segunda-feira, 16.
Em entrevista à Rádio 730 nesta tarde, a presidente da CMTC, Patrícia Veras, explicou que o cálculo da tarifa leva em consideração o período que o Estado ficou sem repassar o recurso combinado. “Existiu uma promessa do governo do Estado de Goiás de fazer um aporte de recursos no sistema de transporte, que seria em torno de R$ 4,5 milhões a título de pagamento de metade das gratuidades e mais a isenção do ICMS do Disel. A única coisa que viabilizou foi a isenção do ICMS do Disel, que ocorreu apenas em dezembro, e o pagamento de 50% das gratuidades não se efetivou. Então, tivemos que fazer uma recomposição desses custos porque a receita que tínhamos considerado para o sistema de transporte não ocorreu“.
Questionada sobre o fato de aumentar o valor da passagem e não mostrar grandes resultados na qualidade dos ônibus, Patrícia afirmou que o valor do reajuste também será mais precisamente para manter o sistema de transporte funcionando.
“Nós sabemos que o transporte precisa melhorar, avançar na qualidade e esta é a luta que estamos tendo com a busca de recursos que venham viabilizar e melhorar a qualidade sem onerar a tarifa para a população“.
Ainda de acordo com a presidente, não haverá novos reajustes durante o ano de 2015.Além disso, Patrícia informou que as pessoas e os movimentos sociais que quiserem debater sobre o cálculo poderão comparecer à sede da CMTC.
“A CMTC está de portas abertas para receber a população e os movimentos sociais, e colocar a conjuntura atual que estamos vivendo no transporte, para inclusive receber sugestões e alternativas para que a gente possa melhorar a qualidade“, finalizou.