O presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido) utilizou o Instagram neste domingo (10/01) para divulgar o link do seu perfil no Parler. O aplicativo já era utilizado nos Estados Unidos, por apoiadores do então presidente Donald Trump. A ferramenta tem sido chamada de “rede social de direita” e foi banida pelo Google e Apple depois da invasão da última quarta-feira por trumpistas fanáticos ao Capitólio.
A Amazon também suspendeu o serviço de hospedagem do aplicativo. De acordo com o fundador e CEO do Parler, John Matze, estão tentando relacionar o aplicativo como um dos responsáveis pela invasão ao Congresso norte-americano, fomentado por Donald Trump. Matze destacou que vai buscar um novo serviço para armazenar o aplicativo e dar continuidade aos serviços.
Ele também destacou que a exclusão do aplicativo é “uma tentativa de remover completamente a liberdade de expressão na internet”. Líderes da extrema-direita como Donald Trump tem defendido o aplicativo alegando que o mesmo não tem censura quando na realidade, a ferramenta não promove nenhum filtro ao discurso de ódio.
A Apple justifica diversas denúncias de “conteúdo questionável” além de “acusações de que o aplicativo Parler foi usado para planejar, coordenar e facilitar as atividades ilegais em Washington DC em 6 de janeiro”. A Apple tem cobrado da rede social a melhoria da “moderação e filtragem de conteúdo do seu serviço”.
O Parler
Parler é um serviço de rede social estadunidense lançado em agosto de 2018. Parler tem uma significativa base de usuários apoiadores de Donald Trump, conservadores, teóricos da conspiração e extremistas de direita. As postagens no serviço frequentemente apresentam conteúdos de extrema-direita, antissemitismo e teorias da conspiração como o Qanon. Jornalistas descrevem o Parler como uma alternativa ao Twitter e seus usuários incluem aqueles banidos das redes sociais convencionais ou os que se opõem às suas políticas de moderação.
Parler se apresenta como uma alternativa imparcial de “liberdade de expressão” às redes sociais convencionais, como Twitter e Facebook. No entanto, jornalistas e usuários têm criticado o serviço pelas políticas de conteúdo que são mais restritivas do que a empresa retrata e às vezes mais restritivas do que as de seus concorrentes. Alguns usuários de esquerda foram banidos do Parler por desafiarem os pontos de vista predominantes no site, criticarem-no ou por criarem contas de paródia.