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Categorias: Mundo
| Em 6 anos atrás

Parlamento britânico rejeita acordo do Brexit pela terceira vez

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Os parlamentares em Londres decidiram, mais uma vez, não aceitar o acordo feito entre a primeira-ministra Theresa May e a União Europeia (UE) para conduzir a saída britânica do bloco. É a terceira vez consecutiva que o Parlamento rejeita o acordo, deixando a data e os termos do Brexit incertos.

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A votação na Câmara dos Comuns resultou em 344 votos contra e 286 a favor do acordo costurado entre a primeira-ministra Theresa May e a UE. Após a contagem, May disse que o resultado traz “graves” consequências e admitiu que teme que a Câmara tenha chegado ao “limite do processo” para a saída do bloco.

Agora, o Reino Unido tem até 12 de abril para informar a UE sobre seus próximos passos. As opções envolvem o cancelamento do Brexit, buscar um prazo maior ou sair do bloco sem um acordo.

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Uma série de votações deve ocorrer na segunda-feira (1°) para que o Parlamento tente encontrar uma nova alternativa.

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May havia pedido aos deputados que “deixassem de lado a si mesmos e seus partidos e aceitassem a responsabilidade dada pelo povo britânico”. A primeira-ministra também havia oferecido sua renúncia caso os deputados aprovassem o acordo, permitindo a saída da UE em maio.

Mesmo assim, a Câmara dos Comuns permaneceu dividida. Alguns apoiadores do Brexit que mostravam resistência, como o ex-ministro do Exterior Boris Johnon, provável concorrente para substituir May como primeiro-ministro, disse que rejeitar o acordo apresentava o risco de o país ser “forçado a aceitar uma versão ainda pior do Brexit ou perder o Brexit inteiramente”.

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O Partido Democrático Unionista, da Irlanda do Norte, com dez assentos na Câmara dos Comuns, se recusou a apoiar o acordo porque o texto trata a Irlanda do Norte de maneira diferente do restante do Reino Unido.

May disse que, com o resultado, é quase certo que o Reino Unido tenha que participar das eleições europeias em maio.

Acordo de separação

O acordo votado nesta sexta previa um período de transição até o final de 2020, estabelecia os direitos dos cidadãos britânicos e da UE e o preço que o país pagaria por sua saída – cerca de 45 bilhões de euros. O acordo também tratava da polêmica salvaguarda irlandesa, cujo objetivo era garantir a livre circulação entre a Irlanda e a Irlanda do Norte.

O Parlamento acabou não votando uma declaração sobre os futuros laços com a UE, o que também era um requisito do acordo de separação. May esperava que votar apenas o acordo de saída seria o suficiente para diminuir a oposição, embora não houvesse sinais claros de que isso ocorreria.

O porta-voz do Partido dos Trabalhadores, Keir Starmer, disse que remover a declaração política deixou o Brexit cego, “pois você não sabe para onde está indo”.

Conselho Europeu

A data original para a saída da UE era hoje, mas diante do impasse na política britânica, o bloco concedeu uma extensão do prazo ao Reino Unido.

Após a rejeição do acordo, a Comissão Europeia afirmou que uma saída desordenada do Reino Unido do bloco em 12 de abril é agora “o cenário provável”, indicando que a UE está “plenamente preparada” para um Brexit sem acordo.

*Com informações da Deustche Welle

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Domingos Ketelbey

Jornalista e editor do Diário de Goiás. Escreve sobre tudo e também sobre mobilidade urbana, cultura e política. Apaixonado por jornalismo literário, cafés e conversas de botequim.