Para o chefe de gabinete da governadoria e ex-prefeito de Catalão, Jardel Sebba, a posição do secretário de Meio Ambiente, Recursos Hídricos, Infraestrutura, Cidades e Assuntos Metropolitanos, Vilmar Rocha (PSD), de não declarar apoio imediato ao pré-candidato da base do governo, vice-governador José Eliton, causa estranhamento.
Em entrevista ao Diário de Goiás, Jardel ressaltou que caso não concordasse com as orientações do governo do qual faz parte, ele deixaria o cargo que tem no Executivo. “Eu fico perplexo com as opiniões que ele [Vilmar] emite. Acho que se eu tenho um cargo de confiança e não sigo a orientação de quem me deu esse cargo, tenho que, no mínimo, entregar o cargo”.
Lúcia Vânia e Vilmar Rocha não declararam apoio ainda
Acho que é questão de tempo e habilidade. Acho que temos o maior condutor político do Brasil, para mim. A habilidade do Marconi é um negócio inquestionável. Acho que no fundo vai estar todo mundo junto. A senadora tem lá seus motivos, suas razões, acho ela um ícone da nossa política. Quando ela saiu do PSDB, eu lamentei profundamente, acho que o partido ficou pobre, uma senadora atuante, municipalista, que nunca se envolveu em nada. Agora, ela tem um temperamento extremamente forte, difícil de convívio no cotidiano politicamente e torço para que ela e Marconi se juntem até porque se a Lúcia ficar junto com Caiado, acho que eles não durariam uma semana de campanha, porque os dois têm um temperamento muito difícil. Agora, o Vilmar Rocha, eu fico perplexo com as opiniões que ele emite. Acho que se eu tenho um cargo de confiança e eu não sigo a orientação de quem me deu esse cargo, eu tenho que, no mínimo, entregar o cargo. Se amanhã sair um candidato da chapa majoritária para o Senado ou para o governo que eu não concorde, eu vou entregar minha carta de demissão, vou avisar que não posso ficar em um governo discordando das orientações desse governo.
Não tem como diferenciar a gestão da campanha?
É tudo junto e misturado. Não tem condições de eu ter um cargo da sua confiança e não comungar dos seus ideais e orientações. Então, não é mais cargo de confiança. Isso é opinião pessoal minha. Eu não tenho autorização para falar em nome de ninguém. Eu gosto e admiro Vilmar como pessoa, é um cidadão inteligente, equilibrado. Só que ele está em descompasso com a nossa base. Vejo Thiago Peixoto dando declaração favorável ao José Eliton, vejo Euler dando declaração favorável. Estive com Francisco Júnior, deu declaração favorável, está afinado com José Eliton. Lincoln Tejota já afirmou que se o partido não ficar, ele fica, pode até sair do partido. E o Vilmar nesse descompasso, inclusive com os deputados do seu partido. Acho isso estranho e procuro saber qual a motivação que leva Vilmar a fazer isso.
Acha que ele deveria sair?
Com esse pensamento contrário ao que todos nós temos, a todas as orientações, eu acho que tinha que pedir para sair. Se eu tivesse uma divergência de sintonia com o meu governador, com o governador que me nomeou, que me convidou para um cargo, eu pediria para sair. Eu sairia.
Qual seria sua decisão se fosse governador?
Me deram um conselho durante a eleição de prefeito que eu tomasse cuidado em nomear, que eu só nomeasse quem eu pudesse demitir depois. Então, eu acho que seria extremamente constrangedor o governador demitir o Vilmar, pela amizade que eles têm de muitos anos. Mas acho que Vilmar, ao manter esse pensamento, deveria pedir para sair. Reitero: gosto do Vilmar, respeito só que eu não estou entendendo essa linha de querer conversar com todo mundo e falar em compor com todo mundo, sendo que nós temos um candidato definido. Isso não tem jeito. Você não pode trabalhar em um grupo e puxar a corda para outro lado. Opinião minha.
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