O presidente Michel Temer avalia que a vitória de Emmanuel Macron foi melhor para o Brasil e abre a oportunidade de melhorar as relações comerciais e diplomáticas com a França.
O governo peemedebista tinha o receio de que o êxito de Marine Le Pen pudesse afetar a balança comercial com o Brasil, uma vez que ela é defensora de medidas protecionistas, e gerar uma instabilidade no mercado internacional, causando impactos na moeda brasileira.
Em conversas reservadas, Temer demonstra simpatia pelo centrista, que, assim como o peemedebista, identifica-se com a centro-direita em questões econômicas e defende a reformulação das leis trabalhistas em seu país. Macron quer rever a atual jornada de 35 horas semanais e facilitar demissões. Os sindicatos já preparam seus protestos.
Nas redes sociais, o presidente brasileiro felicitou a vitória de Macron e disse que Brasil e França “continuarão a trabalhar juntos em favor da democracia, dos direitos humanos, do desenvolvimento, da integração e da paz”.
Filiado ao partido socialista francês, o presidente François Hollande era visto com certa desconfiança por integrantes da diplomacia brasileira por sua proximidade com os governos petistas.
Hollande afirma ser amigo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e, após o processo de impeachment de Dilma Rousseff, defendeu que a Constituição Federal seja respeitada.
Macron foi eleito presidente da França com 65,1% dos votos, segundo estimativas de boca de urna, que ainda serão confirmadas durante as próximas horas.
Representando o movimento independente Em Frente!, ele governará pelos próximos cinco anos a sétima maior economia do mundo e um dos cinco países com direito o veto no Conselho de Segurança da ONU.
Ele será o presidente mais jovem desde a eleição em 1848 de Luís Napoleão, sobrinho de Napoleão, aos 40. (Folhapress)