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Para reverter impopularidade, Temer considera discurso em cadeia nacional

Por 8 anos atrás

Na tentativa de reverter a queda nos índices de popularidade, o presidente Michel Temer discute fazer um pronunciamento público no final deste ano em cadeia nacional de rádio e televisão.

O objetivo da iniciativa é fazer um resumo dos sete meses em que esteve à frente do Palácio do Planalto e, como definiu um assessor presidencial, dar a versão do presidente sobre a sua própria administração.

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Em conversas reservadas, o peemedebista tem se incomodado com a cobertura dos veículos de imprensa sobre propostas como o teto de gastos públicos e a reforma previdenciária, apontada como um dos motivos da baixa aprovação.

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No discurso que tem sido elaborado no Planalto, o presidente ressaltaria a importância das medidas de ajuste fiscal para equilibrar as contas do país e retomar a geração de emprego em médio prazo.

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Ele também faria questão de lembrar que pegou uma “herança maldita” do governo anterior e que, pelo tempo que está à frente da administração federal, não haveria como solucionar em curto prazo os problemas do país.

A ideia de convocar a cadeia nacional também tem sido defendida ao presidente por integrantes da base aliada, em uma tentativa de criar um discurso público único em defesa da aprovação da reforma previdenciária.

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No Palácio do Planalto, contudo, há assessores e auxiliares presidenciais contrários a um pronunciamento público. Na avaliação deles, ele apenas estimularia protestos contra o governo federal, entre eles “panelaços” e “buzinaços” durante a transmissão do discurso.

A última pesquisa Datafolha, divulgada na semana passada, mostrou que a popularidade do presidente despencou desde julho, acompanhada da queda na confiança na economia a níveis pré-impeachment de Dilma Rousseff.

O levantamento foi feito antes da revelação de delação premiada de um ex-executivo da Odebrecht, na qual o presidente é citado 43 vezes.

PSDB

Na manhã desta segunda-feira (19), o presidente recebeu o senador Aécio Neves (PSDB-MG) no Palácio do Planalto. No encontro, o tucano reafirmou o apoio do partido ao governo federal, mesmo diante da resistência do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB).

Na conversa, o peemedebista também garantiu ao tucano que pretende indicar o deputado federal Antônio Imbassahy (PSDB-BA) para a Secretaria de Governo, mas apenas após a eleição do novo presidente da Câmara dos Deputados, em fevereiro.

A nomeação deve ser feita no rastro de uma minirreforma ministerial programada pelo presidente para o ano que vem, que deve envolver pastas como Saúde, Trabalho, Meio Ambiente e Planejamento.

Folhapress

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