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Categorias: Brasil
| Em 5 anos atrás

Para reforçar confiança em Moro, Bolsonaro o compara a um jogador de futebol

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O ministro da Justiça, Sérgio Moro anda um pouco desgastado no cenário político. Não bastasse a série de vazamentos que desde o início de junho vem vivenciado, na última terça-feira (06/08) o Congresso impôs uma derrota ao ministro por retirar do texto do pacote anticrime o que Moro chamava de “plea bargain”. Para completar, ainda ontem (08/08) Bolsonaro deu uma leve alfinetada em Moro ao dizer que apesar de ser ministro da Justiça, ele “não julga ninguém”.

Nesta sexta-feira (09/08), no entanto, o presidente da República, Jair Bolsonaro tentou impor uma dose de confiança à Moro. Estiveram juntos em um breve encontro na residência oficial da Presidência da República. À imprensa Bolsonaro disse: “Em grande parte, eu me aconselho com ele. Eu sou técnico de um time de futebol, ele é um jogador. Então jogador conversa comigo, dá sugestão”. As informações são da Folha de São Paulo.

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Os bastidores contam que Moro tem um estilo de agir arrogante e individualista, o que o leva ser contestado por membros do Congresso e até do Judiciário. Um dos recados foi dado na última terça-feira (06/08) quando o Legislativo retirou o chamado “plea bargain” do pacote anti-crime que permitia uma espécie de solução negociada entre o Ministério Público, o acusado de um crime e o juiz, além de outras derrotas que ainda devem vir.

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Bolsonaro disse que a paciência faz parte do serviço de ambos e que nem sempre a vontade de Moro prevalecerá. “Um ministro na situação do Moro, no meu entendimento, ele veio para o governo com um propósito e ele quer ver suas propostas aprovadas. Ele tem consciência de que depende não apenas dele, depende do Parlamento. Então a paciência que eu peço para ele e ele pede para mim, que é muito comum, quantas vezes ele me conteve, isso faz parte do nosso dia a dia”, disse Bolsonaro.

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Domingos Ketelbey

Jornalista e editor do Diário de Goiás. Escreve sobre tudo e também sobre mobilidade urbana, cultura e política. Apaixonado por jornalismo literário, cafés e conversas de botequim.