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Para Padilha, desenho político ideal teria participação de toda a base aliada

Brasília – Indicado pela cúpula do PMDB para integrar o novo braço de articulação do governo com o Congresso, o ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha, disse na quinta-feira, 12, ao jornal O Estado de S. Paulo que o desenho político ideal seria a participação de todos os partidos da base aliada num colegiado comandado pela presidente Dilma Rousseff e pelo vice, Michel Temer. Entretanto, o peemedebista prevê que o novo desenho do núcleo político já seja suficiente para amenizar a crise política.

Além do ministro, devem ser incluídos no novo núcleo do governo os ministros das Cidades, Gilberto Kassab (PSD), e de Ciência e Tecnologia, Aldo Rebelo (PC do B). No primeiro governo Luiz Inácio Lula da Silva, o último comandou a Secretaria de Relações Institucionais, responsável pela articulação política.

“Bom seria se tivessem todos os partidos da base com representantes num órgão colegiado em que a presidenta e o vice-presidente participassem e pudessem discutir aquilo que politicamente interessa ao governo, seja na formulação política, na atuação no Congresso Nacional, na atuação ante a sociedade”, afirmou Padilha. “Todos os partidos da base de sustentação são responsáveis, tanto quanto o partido da presidenta pela administração.”

Além de PT, PMDB, PSD e PC do B, fizeram parte da coligação que apoiou a reeleição de Dilma PP, PR, PROS, PDT, e PRB.

Diante da possibilidade de permanecer o desgaste na base, o peemedebista considera que a tendência é de os demais partidos aliados também serem convidados a participar das tomadas de decisões do governo. “Penso que a presidenta fará essa mesma tratativa com líderes que serão escolhidos pelos partidos ou por ela, para que tenhamos uma unanimidade e uma unidade. Todos partidos da base têm que ter mesmo discurso do governo. Todos os partidos da base têm o mesmo peso.”

Combinado

Ligado a Temer, o ministro ressaltou que as decisões a serem tomadas no novo núcleo serão discutidas com antecedência com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Desde o início das atividades no Congresso, a dupla vem se intercalando em ataques contra o Planalto. Ambos acusam o governo de ter influenciado a inclusão de seus nomes na lista de investigados por suspeita de ligação com o esquema de corrupção na Petrobras.

“Eu não irei propor absolutamente nenhuma medida sem antes combinar com o Senado e com a Câmara. Buscarei sempre o aconselhamento das principais lideranças do partido para que eu possa ter legitimidade naquilo que eu possa defender”, ressaltou Padilha.

Para o ministro, apesar dos atritos entre a cúpula do Congresso e o Planalto, a ajuda do PMDB na manutenção dos vetos de interesse do governo demonstrou uma nova disposição do partido, ocorrida após o anúncio de Dilma sobre a ampliação do grupo de articulação.

“Esse aparente distanciamento foi uma manifestação, clara e objetiva, da insatisfação pelo sentimento da não participação. A presidenta, se dando conta disso, buscou contato com as principais lideranças do partido e o PMDB”, afirmou. “Nesta semana, o PMDB na Câmara mostrou já uma nova posição e no Senado também. Temos que admitir que não é o ideal, mas a base de sustentação do Congresso começa a caminhar no rumo de defender os interesses que são da sociedade como um todo.”

Na quarta-feira, 11, os congressistas mantiveram todos os vetos presidenciais em diversas propostas. O de maior interesse do Planalto era o que tratava do reajuste de 6,5% na tabela do Imposto de Renda, mantido na votação da Câmara. Foram 239 votos contra o veto e 208 a favor. Com esse placar, o veto não foi levado ao Senado.

Para o ministro, uma vez acertada a crise política e aprovado o ajuste fiscal, o descontentamento com o governo deve arrefecer. “Todos os

agentes públicos devem refletir para darmos mais satisfação à população. Mas, na medida em que tenhamos os efeitos do ajuste econômico e fiscal e realizarmos a recomposição da base, certamente teremos na sociedade uma mudança de postura.”

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

(Estadão Conteúdo)

Marcley Matos

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