ANGELA BOLDRINI, DANIEL CARVALHO E TALITA FERNANDES
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O presidente da Câmara dos Deputados e pré-candidato à Presidência da República, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta quinta-feira (5) que aqueles que têm “responsabilidade pública, em qualquer nação, não podem celebrar a ordem de prisão de um ex-presidente da República”.
O pré-candidato se manifestou sobre a decisão do juiz Sergio Moro, que determinou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se apresente à Polícia Federal até as 17h desta sexta-feira (6). A decisão ocorre um dia após o STF (Supremo Tribunal Federal) negar o pedido de habeas corpus da defesa do petista.
Em nota, Maia afirmou, porém, que o mandado de prisão “decorreu de um processo submetido à mais alta Corte do Poder Judiciário, em que foi respeitado o amplo direito de defesa”.
“O Brasil é uma democracia madura onde as instituições funcionam plenamente”, diz o texto, que pede que as manifestações “em relação ao mandado de prisão precisa respeitar a ordem institucional”.
Outros presidenciáveis também se posicionaram a respeito da decisão. O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou ser “lamentável” a decretação da prisão de um ex-presidente, mas disse que a determinação de Moro simboliza “uma importante mudança que vem ocorrendo no Brasil: o fim da impunidade. A lei vale para todos”, escreveu.
O pré-candidato do PSOL, Guilherme Boulos, afirmou que “haverá resistência” à prisão e convocou movimentos sociais para mobilização no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo (SP).
Pré-candidata do PC do B, Manuela D’Ávila também chamou, nas redes sociais, a militância para a manifestação contrária à prisão. “Seguimos juntos, Lula! O Brasil vale a luta!”, escreveu.
Já o pré-candidato Jair Bolsonaro (PSL-RJ) ainda não se posicionou. De acordo com a sua assessoria, o deputado está em viagem, mas deve fazer declaração sobre a prisão. Na quarta (4), ele participou de ato contra o habeas corpus na frente do Congresso Nacional, em Brasília.
Procurado, o Palácio do Planalto não quis se manifestar.