O líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR) disse nesta quarta-feira (6) que o partido tem maioria para fechar questão a favor da reforma da Previdência na Câmara.
“É um pleito da bancada da Câmara e, portanto, nós devemos fechar questão para a votação da Câmara dos Deputados. E é um passo importante, porque é importante que o partido tenha um posicionamento claro quanto a isso”, disse Jucá, que preside interinamente o PMDB.
A executiva da sigla se reúne na tarde desta quarta para decidir sobre o fechamento de questão. Para o peemedebista, o gesto pode influenciar outros partidos da base do governo a fechar questão sobre o tema.
“O PMDB vai fechar na vanguarda esse posicionamento esperando que os outros partidos possam seguir a mesma posição”, disse.
Entre as legendas que apoiam o governo de Michel Temer, apenas o PTB decidiu fechar questão em favor da reforma. Siglas como PSDB, PSD, PP e DEM resistem em adotar a mesma postura.
Os tucanos, principais defensores da agenda reformista, tinham uma reunião marcada para deliberar sobre o tema nesta quarta, mas o assunto foi adiado para a véspera da votação, ainda sem data marcada.
Enquete feita pela Folha de S.Paulo com deputados entre os dias 27 de novembro e 1º de dezembro apontou que ao menos 220 parlamentares devem votar contra a proposta de reforma, o que inviabiliza a meta de 308 votos favoráveis.
Jucá voltou a defender que as mudanças nas regras previdenciárias são necessárias para o país e disse que a medida vai acabar com “privilégios”.
“Precisa fechar questão para mostrar a importância desse tema. Estamos discutindo algo que é vital para reestruturar o Brasil. Para ter responsabilidade fiscal, para ter equilíbrio nas contas públicas e para ter credibilidade do país. Então, é importante que o PMDB possa puxar esse cordão dos partidos da base que têm responsabilidade com o futuro”, disse.
Jucá falou que não pode cobrar das demais legendas da base, mas que o “ideal” é que eles sigam o posicionamento do PMDB.
Quando um partido fecha questão sobre determinado tema, parlamentares que descumprirem essa orientação podem sofrer sanções como até a expulsão.
Jucá, com tudo, disse que eventuais posições ainda serão avaliadas. Ele acrescentou que o fechamento de questão se dará na Câmara, onde a reforma está em debate. Uma definição no Senado deve ficar para o ano que vem apenas. (Folhapress)