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Para embaixador espanhol, separatismo visa esconder corrupção

Fernando Villalonga, embaixador espanhol no Brasil, diz que o plebiscito para independência da Catalunha é “produto de uma certa classe política que quer esconder seus escândalos de corrupção” e que “vem de um nacionalismo romântico do século 19”.

“Há um ódio profundo, uma xenofobia sem solidariedade”, afirma. “Essa é a origem de todos os movimentos antidemocráticos.”

“Falo catalão, e não tenho dúvida de que sou espanhol. Não consigo ver a Espanha sem a Catalunha, ou a Catalunha sem a Espanha”, diz.

PERGUNTA – O que o senhor pensa sobre o plebiscito catalão deste domingo?

FERNANDO VILLALONGA – Não gosto dessa dinâmica de provocações, de subterfúgios para ir às ruas. Não vejo nada de positivo. Não vai levar a nada, só à instabilidade.

P. – Como o senhor avalia as ações do governo catalão?

F.V. – As declarações desafiam a ordem pública, convocando as mobilizações às ruas.

P. – O voto tem valor legal?

F.V. – O que acontece ali é ilegal, e remete a tempos sombrios. Estão desafiando os juízes e o governo central. Não é uma questão de querer ou não a independência, mas de legalidade e de respeito ao Estado de direito. Me parece um anacronismo, um exercício antidemocrático.

P. – O que pode ser feito por parte do governo central?

F.V. – A lei precisa ser aplicada. Acho que o governo atuou da melhor maneira possível, recorrendo ao Judiciário. Foi extremamente respeitoso.

P. – O senhor é valenciano, vindo de uma região vizinha à Catalunha, onde se fala um dialeto do catalão. Como essa situação lhe afeta?

F.V. – Eu falo catalão, e não tenho dúvida de que sou espanhol. Não consigo ver a Espanha sem a Catalunha, ou a Catalunha sem a Espanha.

P. – Como a situação chegou a este ponto na Catalunha?

F.V. – É o produto do desejo de uma certa classe política. Querem esconder seus escândalos de corrupção e ter mais poder. O separatismo vem de um nacionalismo romântico do século 19. Uma Catalunha independente é mais fraca e e leva também a uma Espanha mais fraca. Há um ódio profundo, uma xenofobia sem solidariedade, e essa é a origem de todos os movimentos antidemocráticos. (Folhapress)

Thais Dutra

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