A Universidade Federal de Goiás (UFG) estuda os benefícios do contato pele a pele em recém-nascidos para aliviar as dores durantes procedimentos, como do teste do pezinho. O exemplo de estudo utilizado é a posição canguru, em que o bebê fica só de fralda, encostado ao peito da mãe, do pai ou membro da família.
A pesquisa foi iniciada em 2012 e é realizada na Maternidade Dona Iris, localizada na Vila Redenção, em Goiânia. No local, são utilizadas estratégias, como campanhas, treinamento de profissionais e auditorias em prontuários, que elevam o método canguru e outras técnicas para aliviar a dor dos bebês.
“A gente tem utilizado a posição canguru para procedimentos dolorosos, como fazer o teste do pezinho, que é uma punção no pé do bebê. Então, você coloca o bebê três minutos antes do procedimento, pelo menos, na posição com a mãe e isso diminui a dor do bebê”, explica a coordenadora da pesquisa e professora da Faculdade de Enfermagem (FEN), Thaíla Castral.
Entre os benefícios da técnica estão o auxílio na manutenção da temperatura corpórea, ganho de peso do bebê, contribuição para estender o período do aleitamento materno e, consequentemente, redução do risco de infecções, além de aumentar o vínculo entra a mãe e o recém-nascido, especialmente em casos de bebês prematuros, que são mais frágeis e instáveis.
As medidas mais efetivas para aliviar a dor dos recém-nascidos e que devem ser adotadas pelos profissionais de saúde para o bem-estar dos pacientes são colocar o bebê no peito da mãe cerca de cinco minutos antes para amamentação, durante e depois do procedimento de dor; administração de glicose ou sacarose dois minutos antes do procedimento de dor; e posição canguru dez ou 15 minutos antes, durante e depois do procedimento de dor.