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Cidades
| Em 2 anos atrás

Pandemia levou mais de 80 mil clientes para a Unimed Goiânia

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A preocupação com a saúde, decorrente da pandemia do novo coronavírus, pode ter sido o motor principal para o aumento da procura de planos de saúde. De acordo com o presidente da Unimed Goiânia, Sérgio Baiocchi, a cooperativa recebeu durante os últimos três anos de Covid-19 mais de 80 mil novos clientes. O balanço foi feito em entrevista ao editor-geral do Diário de Goiás, Altair Tavares, em entrevista publicada neste sábado (21/01).

De acordo com Baiocchi, a procura e a comercialização de planos de saúde de 2020 para cá sofreu um “aumento expressivo”. Apenas entre os anos de 2020 e 2021 o crescimento foi de 23%, explica Sérgio. “Agora estamos com 380 mil clientes. Então, em torno de 80 mil pessoas passaram a ter o plano ao longo desses últimos três anos. É um movimento do mercado que tem sido acima que o mercado nacional teve de crescimento”, salienta.

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Baiocchi também destacou que espera previsibilidade do atual governo tocado pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Não podemos ficar ao bel prazer de ingerências políticas. Desde que a atividade seja previsível é muito fácil levar a saúde ao público”, pontuou destacando que a Agência Nacional de Saúde Suplementar passou os últimos dois anos entre “alguns acertos e vários erros”.

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Leia a entrevista na íntegra com o presidente da Unimed Goiânia, Sérgio Baiocchi:

Altair Tavares: Presidente, no período da pandemia o setor dos planos de saúde tiveram um custo alto para manter os serviços. Agora, com a pandemia no retrovisor, a situação já se equilibrou?

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Sérgio Baiocchi: Está se equilibrando. Eu digo que aconteceu mais ou menos como um tsunami, que acontece quando uma fenda abre nos oceanos, a água recua da praia e a hora que fecha vem o tsunami. Foi isso que aconteceu. Houve um represamento, um custo sim da Covid-19 mas com represamento do custo habitual. Quando voltou, voltou maior e trouxe um estrago muito grande na saúde suplementar do Brasil inteiro. Nós até conseguimos uma mudança de paradigmas vindos da Agência Nacional de Saúde Suplementar pois eles entenderam que era o Brasil inteiro que estava assim. Demos a volta por cima, conseguimos estabilizar e agora continuar a vida de onde estavamos. Temos uma situação econômico-financeira muito sólida que permite continuar com o nosso objetivo principal que é cuidar da saúde das pessoas.

AT: A pandemia serviu para mostrar para as pessoas o quanto é importante um plano de saúde?

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Sérgio Baiocchi: Acredite ou não, houve um aumento expressivo na venda de planos, estou dizendo de Unimed Goiânia. Cresceu em torno de 23% no ano de 2020 e 2021 e este ano estamos com 4% de crescimento no último trimestre. 

AT:: A base é de quantos novos clientes?

Sérgio Baiocchi: Eram no começo 200, 300 mil. Agora estamos com 380 mil clientes. Então, em torno de 80 mil pessoas passaram a ter o plano ao longo desses últimos três anos. É um movimento do mercado que tem sido acima que o mercado nacional teve de crescimento.

AT: O novo governo preocupa? Quais as principais questões a discutir com o governo federal?

Sérgio Baiocchi: É uma pergunta interessante pois temos uma regulação muito grande e rígida da Agência Nacional de Saúde Suplementar que é um órgão federal e que nos faz muito bem quando bem gerida. Atualmente ela é bem gerida. O que estamos esperando do governo federal? O que eu tenho visto em todas as conversas que andamos nos sistemas nacionais é que ainda é uma incógnita. Tivemos muito bons e nem tão bons ao longo desses últimos dois anos. Alguns acertos, vários erros. Mas que no geral, nos deixou seguros de que tinha pulso e estratégia. O que esperamos? A palavra só: é previsibilidade.

AT: O atual presidente chegou a dizer isso a empresários.

Sérgio Baiocchi: Nós precisamos de previsibilidade, se o sistema e a regulação disser que para ter um plano de saúde de agora em diante terá de ter a cobertura X e com Y características. Se analisarmos aquilo que entendermos que não temos condição de bancar é responder que não conseguimos. O que vai acontecer a partir daí, vai depender do momento. Não podemos ficar ao bel prazer de ingerências políticas. Desde que a atividade seja previsível é muito fácil levar a saúde ao público.

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Domingos Ketelbey

Jornalista e editor do Diário de Goiás. Escreve sobre tudo e também sobre mobilidade urbana, cultura e política. Apaixonado por jornalismo literário, cafés e conversas de botequim.