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Pandemia: Brasileiro passou a beber e fumar mais durante o isolamento, aponta estudo

Por 3 anos atrás

Maior tempo de tela e menos atividade física: o estilo de vida do brasileiro piorou durante a pandemia, mostra pesquisa de universidades federais mineiras. O estudo foi iniciado cinco meses após o início das medidas de distanciamento social. Os resultados da primeira etapa foram publicados em artigo nas revistas Public Health Nutrition e na Frontiers in Nutrition. 

Em relação às refeições, a pandemia diminuiu a frequência de realização de café da manhã, lanche e almoço, por outro lado, aumentou a realização de lanches noturnos e outras refeições além das tradicionais. Os hábitos alimentares também pioraram, com aumento de consumo de pães, farináceos, refeições instantâneas e fast food. O consumo de frutas e vegetais, por sua vez, caiu.

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Sobre o estilo de vida, houve mudança no consumo mais frequente de bebida alcoólica, aumento na frequência no hábito de fumar, e no tempo de utilização de telas e dispositivos. Antes da pandemia, os participantes da pesquisa relataram média diária de seis horas e meia de exposição. Durante a pandemia, esse número subiu para dez horas por dia.

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Por outro lado, houve redução da prática de atividade física. Os voluntários que responderam ao questionário informaram praticar em torno de 120 minutos por semana no período pré-pandemia e o índice caiu para 80 minutos por semana com as restrições para evitar a circulação do novo coronavírus. A recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é uma prática semanal de 150 a 300 minutos.

97% dos entrevistados respeitaram isolamento na pandemia

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Para o estudo sobre a pandemia, foram aplicados questionários online entre agosto e setembro de 2020. Os dados reúnem respostas de 1.368 pessoas de ambos os sexos, com idade a partir de 18 anos. Quase 90% são da região Sudeste e 80% são mulheres. Entre os respondentes, 97% disseram estar cumprindo as medidas de distanciamento social.

A segunda etapa da pesquisa envolve a análise de variáveis de comportamento alimentar, ganho de peso e prática de exercício físico durante a pandemia. De acordo com os pesquisadores, esta fase está em andamento e inclui a reaplicação do questionário após 10 meses.

A pesquisa dos impactos da pandemia na vida do brasileiro foi realizada em conjunto pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e pelas universidades federais de Lavras (Ufla), Ouro Preto (Ufop) e Viçosa (UFV). 

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Domingos Ketelbey

Jornalista e editor do Diário de Goiás. Escreve sobre tudo e também sobre mobilidade urbana, cultura e política. Apaixonado por jornalismo literário, cafés e conversas de botequim.