O São Paulo jamais havia ganhado do Palmeiras no Allianz Parque. Nem empatado. Em seis jogos, eram seis vitórias palmeirenses. Agora são sete.
De virada, a equipe de Palestra Itália derrotou o rival por 3 a 1 neste sábado (2), em casa, pelo Campeonato Brasileiro. Aliviou a situação do pressionado técnico
Roger Machado, que ainda não conseguiu fazer o time jogar como a torcida espera. Mas o resultado positivo lhe dá fôlego para as próximas rodadas.
Com o resultado, o Palmeiras chegou aos 14 pontos e está no quinto lugar no torneio. O São Paulo perdeu a chance de assumir a liderança e estacionou nos 16 pontos. Está em segundo, mas pode ser ultrapassado por Corinthians e Fluminense neste domingo (3).
Em todas as sete partidas que teve no Allianz Parque, a deste sábado foi a que o São Paulo teve a melhor oportunidade para quebrar o jejum. Dominou o primeiro tempo que, tecnicamente, foi ruim.
O time de Diego Aguirre achou espaços para atacar pelas laterais do campo, embora tenha falhado nos cruzamentos. Os visitantes apostavam no nervosismo do Palmeiras, que estava desorganizado e e parecia sem alma, nervoso em campo.
Maior prova disso foi Edu Dracena cometer falha bizarra que deu origem ao gol do São Paulo aos 29min. O árbitro Rodolpho Tosku Marques considerou que o atacante Marcos Guilherme desviou a bola, mas na verdade foi o zagueiro palmeirense quem finalizou para a própria rede.
Pode ter sido um presente de despedida para o atacante. Seu contrato de empréstimo do Atlético-PR termina no próximo dia 30. Se Marcos Guilherme fizer mais uma partida pelo São Paulo, chegará a sete no Campeonato Brasileiro e não poderá defender outra equipe na competição.
O clube paranaense pede 3,5 milhões de euros (R$ 15,3 milhões). A diretoria do Morumbi oferece 2 milhões de euros (R$ 8,75 milhões).
O Palmeiras não conseguiu criar nenhuma chance real para marcar até o intervalo. Atrás no placar, ficou ainda mais apavorado e levou a torcida junto. No espaço de 30 segundos, Felipe Melo e Dudu levaram cartão amarelo por reclamação. O público no Allianz Parque começou a cantar que se o Palmeiras não ganhasse, o pau quebraria.
Não foi por causa da ameaça, claro, mas o Palmeiras foi outro time no segundo tempo. Se não teve futebol envolvente, pelo menos mostrou muito mais vontade de mudar o resultado. Não demorou a conseguir. Contou com a ajuda do adversário. O São Paulo se encolheu e com a saída de Hudson, substituído por Petros, perdeu a capacidade de marcar no meio-campo.
Quando o Palmeiras empatou, com gol de Willian, aos 9min, só havia um vencedor possível. Os donos da casa encontravam espaços e pela direita com Mayke e pela esquerda com Victor Luis. Willian fez mais um e Dudu marcou de peixinho.
Além dos méritos da mudança de comportamento, os donos da casa também contaram com a colaboração do goleiro Sidão, que poderia ter evitado dois dos três gols do rival.
Nem atrás no placar o São Paulo conseguiu reagir e o Palmeiras continuou atuando no segundo tempo com uma confiança que parecia perdida. Poderia ter feito mais gols.
Na próxima rodada, Roger Machado pode fazer seu time confirmar a recuperação contra o Grêmio, em Porto Alegre, na quarta (6). Um dia antes, o São Paulo vai receber o Internacional no Morumbi.
PALMEIRAS
Jailson; Mayke, Antônio Carlos, Edu Dracena e Diogo Barbosa (Victor Luís); Bruno Henrique e Felipe Melo; Keno (Hyoran), Moisés (Thiago Santos) e Dudu; Willian. T.: Roger Machado.
SÃO PAULO
Sidão; Militão, Bruno Alves, Anderson Martins e Reinaldo (Liziero); Jucilei e Hudson (Petros); Marcos Guilherme (Paulinho), Nenê e Éverton; Diego Souza. T.: Diego Aguirre.
Estádio: Allianz Parque, em São Paulo
Público: 32.841 torcedores
Renda – R$ 2.172.298,88
Juiz: Rodolpho Toski Marques (PR)
Cartões amarelos: Felipe Melo e Dudu (P); Anderson Martins, Militão, Bruno Alves e Nenê (S)
Gols: Marcos Guilherme (S), aos 29min do 1º tempo; Willian (P), aos 9 e aos 21min do 2º tempo, e Dudu (P), aos 23min do 2º tempo