“O bagulho é louco, Felipe Melo, pitbull, cachorro louco”. Foi com esse canto que os torcedores receberam o volante de 33 anos no aeroporto de Guarulhos nesta quinta-feira (27).
Contratado em janeiro, Melo precisou de poucos meses para se tornar ídolo precoce dos palmeirenses.
Pelo barulho que fizeram, esses torcedores deixaram claro que para eles a participação do volante na confusão desta quarta-feira (26) apenas lhe deu mais crédito.
Sob o risco de sofrer pesada suspensão, Melo tem histórico de tumultos na carreira, o que pode pesar contra ele na avaliação do tribunal disciplinar da Conmebol.
Em sua primeira coletiva de imprensa, ele afirmou – profeticamente – que daria “tapa na cara” de uruguaios se precisasse para defender o Palmeiras.
Com o Peñarol pela frente na Libertadores, a declaração caiu mal, e o jogador se desculpou e disse que era somente força de expressão.
Em sua passagem pela Europa, Melo colecionou brigas. No Galatasaray, deu um soco no companheiro Riera durante o treino em 2012.
Para os brasileiros, seu episódio mais conhecido de destempero aconteceu em 2010, quando pisou no holandês Robben nas quartas de final da Copa do Mundo, foi expulso e virou vilão da desclassificação.
Entre dirigentes palmeirenses, é tido como inteligente e articulado, mas com temperamento explosivo e que precisa ser tratado com cautela no dia a dia.