SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Uma equipe campeã dá provas de merecimento do título nos grandes jogos. Os confrontos difíceis entram na memória dos torcedores como momentos marcantes da trajetória do grupo que alcança o topo do campeonato.
Nesta quinta-feira (17), o Palmeiras enfrentou o Atlético-MG, quarto colocado do Brasileiro, nos domínios do adversário, empatou por 1 a 1 e se aproximou da conquista do título nacional.
A matemática virou companheira constante do palmeirense. Na próxima rodada, no domingo (23), caso o time paulista vença o Botafogo no Allianz Parque, poderá soltar o grito de “é campeão” entalado na garganta há 22 anos em caso de derrota do Santos e de derrota ou empate do Flamengo. Pode-se dizer, portanto, que será a primeira decisão do time alviverde no ano.
Por ocasião de empate ou de derrota para o time carioca, o sonho do título só teria possibilidade de se tornar realidade na semana seguinte, em confronto contra a Chapecoense, no Allianz Parque, no dia 27.
Nesta quinta (17), o Palmeiras entrou em campo ciente de que o Santos havia vencido o Vitória por 3 a 2 na Vila Belmiro e mantinha sua perseguição à liderança. O time da Baixada vem em sequência de quatro vitórias e surge como principal ameaça ao Palmeiras na reta final do Brasileiro, e então a equipe alviverde não poderia sair com derrota para o Atlético-MG.
No Independência, o dono da casa mostrou as armas de combate logo de saída. Os atacantes Fred e Robinho, artilheiro (13 gols, ao lado de Diego Souza) e vice (12) do Brasileiro, criaram chances de gol, mas pararam em Jailson ou acertaram a linha de fundo.
Do lado palmeirense, a organização coletiva se sobressaía na defesa, com a equipe recuada diante das investidas mineiras.A estratégia de Cuca era o contra-ataque, apostando na velocidade de Dudu, Róger Guedes e, claro, Gabriel Jesus.
Trazido às pressas do Peru, onde estava a serviço da seleção brasileira, pelo “Air Pork One”, apelido dado ao jato do presidente Paulo Nobre, que adapta a nave com aparelhos de recuperação muscular para o principal jogador do Palmeiras, Jesus não desapontou.
Aos 25 minutos, Dudu arrancou em contra-ataque e enfiou a bola entre os zagueiros. Jesus chutou, a bola desviou no zagueiro Gabriel e o placar saiu do zero em Minas Gerais.Envolvidos no clima de decisão, os jogadores batiam boca e deixavam cotovelos em divididas.
No segundo tempo, a estratégia de contenção do Palmeiras falhou. Com um elenco portentoso, Marcelo Oliveira colocou Lucas Pratto, que na terça (15) fez um dos gols sobre a Colômbia que ajudaram a Argentina a se afastar da crise que atravessa.Em seu primeiro lance, aos 13 minutos, Pratto desviou cruzamento de Robinho e passou o placar para 1 a 1.Daí em diante, a tônica foi a mesma. O Atlético-MG pressionou o Palmeiras na base de talentos individuais, enquanto os paulistas levaram mais perigo ao goleiro Vitor em jogadas trabalhadas de contragolpe.
ATLÉTICO-MG
Victor; Carlos Cesar, Erazo, Gabriel e Fábio Santos; Leandro Donizete e Júnior Urso; Luan (Cazares), Robinho (Clayton) e Maicosuel (Lucas Pratto); Fred. T.: Marcelo Oliveira
PALMEIRAS
Jailson; Jean, Edu Dracena, Vitor Hugo e Egídio; Thiago Santos (Thiago Martins) e Tchê Tchê; Róger Guedes, Moisés e Dudu (Erik); Gabriel Jesus (Alecsandro). T.: Cuca
Estádio: Independência, em Belo Horizonte
Árbitro: Braulio da Silva Machado (SC)
Gols: Gabriel Jesus, aos 25 min do 1º tempo; Lucas Pratto, aos 13 min do 2º tempo
Cartões amarelos: Luan, Leandro Donizete (A), Egídio, Dudu, Gabriel Jesus e Vitor Hugo (P)