O talento de Gustavo Scarpa e o poder de decisão de Rony garantiram ao Palmeiras uma vantagem importante nas oitavas de final da Libertadores. Nesta quarta, em Assunção, no Paraguai, o camisa 10 brilhou com dois gols e comandou a vitória por 3 a 0 do atual campeão sobre o Cerro Porteño, voltando a ser o maior artilheiro do clube na história da competição, agora com 16 gols No fim, Murilo foi às redes e sacramentou o triunfo.
Depois de um primeiro tempo morno, a equipe alviverde acelerou na etapa final e conquistou o triunfo com dois gols em um intervalo de oito minutos. Nas duas jogadas Scarpa teve participação fundamental.
O time de Abel Ferreira ampliou para 19 jogos a série invicta como visitante no torneio continental e está em situação confortável para decidir a vaga em sua casa daqui a uma semana, dia 6 de julho, às 19h15. No Allianz Parque, o Palmeiras poderá até perder por dois gols de diferença que, ainda assim, avança às quartas. Caso confirme sua classificação, enfrentará Emelec ou Atlético-MG na fase seguinte do torneio no qual busca o tetra
No primeiro tempo, o Palmeiras no Paraguai se comportou como o Palmeiras dos anos anteriores, isto é, pragmático e cauteloso, com menos repertório do que o torcedor se acostumou a ver em 2022. O comportamento no primeiro tempo foi de observar e esperar o rival, sem se lançar ao ataque.
Essa estratégia deu resultados nos mata-matas das últimas duas Libertadores. Em assunção, porém, a equipe não foi efetiva e desceu aos vestiários sem acertar o gol uma vez sequer. Rony foi quem protagonizou a chance mais perigosa, mas o camisa 10 estava impedido. Weverton não trabalhou, mas os paraguaios, donos da pior campanha da primeira fase, podem comemorar o sucesso da estratégia defensiva, já que neutralizaram o atual bicampeão continental e dono da melhor campanha da atual edição.
No segundo tempo, o Cerro começou a se soltar, tanto que empurrou o Palmeiras para a defesa. Só que passou a dar mais espaços. E uma brecha que seja para o atual campeão continental é letal. Aos 16, Scarpa tabelou com Piquerez e cruzou na medida para Rony completar peixinho para o gol. Foi a 11ª assistência do meia na temporada. Antes, Danilo havia perdido chance clara na cara de Jean, que fizera um milagre.
O gol palmeirense minou a confiança dos paraguaios e desencaixou o time treinado por Chiqui Arce. O Palmeiras ampliou seu volume e ficou com a bola. Acelerou o jogo e se defendeu atacando, como gosta Abel Ferreira.
Num desses ataques, ampliou com Rony. Scarpa encontrou Dudu livre na pequena área. O camisa 7 não foi fominha e rolou para o atacante completar para as redes. O gol foi checado com uma certa demora, mas corretamente confirmado, corrigindo o erro do bandeirinha, que havia assinalado impedimento. No fim, Murilo marcou mais um e selou a consistente vitória no Paraguai.
FICHA TÉCNICA
CERRO PORTEÑO 0 X 3 PALMEIRAS
CERRO PORTEÑO – Jean; Rodríguez, Riveros, Duarte e Espínola; Aquino (Vargas), Piris da Motta, Carrascal e Lucena (Giménez); Benítez (Oviedo) e Samudio (Marcelo Moreno). Técnico: Arce.
PALMEIRAS – Weverton; Marcos Rocha, Gómez, Murilo e Piquerez; Danilo, Zé Rafael (Luan) e Raphael Veiga (Gabriel Menino); Dudu (Wesley), Gustavo Scarpa (Gabriel Veron) e Rony (Rafael Navarro) Técnico: Abel Ferreira.
GOLS – Rony, aos 16, e aos 24, e Murilo, aos 41 minutos do segundo tempo.
ÁRBITRO – Wilmar Roldan (COL).
CARTÕES AMARELOS – Gustavo Scarpa (Paleiras) e Espínola (Cerro Porteño).
RENDA E PÚBLICO – Não disponíveis.
LOCAL – Estádio General Pablo Rojas.
(Conteúdo Estadão)