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Categorias: Notícias do Estado
| Em 6 anos atrás

Palavras-cruzadas podem ajudar na manutenção da saúde mental, afirmam especialistas

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LEANDRO VIEIRA E KARINA MATIAS
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Já foi o tempo em que fazer palavras-cruzadas era considerada apenas uma mera diversão. Essa brincadeira, além de entreter, oferece benefícios à saúde mental de seus praticantes.

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“O cérebro se molda constantemente. Tarefas como as cruzadas, de achar palavras, ajudam esse órgão a se renovar”, explica Fabio Porto, neurologista do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas, de São Paulo.

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O médico Marcos Wagner de Sousa Porto, da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia, ressalta também que a prática faz com que outras partes do cérebro sejam treinadas, como a motora, já que a pessoa deve escrever cada letra em seu respectivo quadradinho.

O comerciante Denival Alves dos Santos, 60 anos, conta que é viciado em fazer cruzadinhas há 20 anos e comprova o que foi dito por Porto. Para ele, a prática é uma boa forma de manter o cérebro afiado. “Se eu não fizer, parece que eu não tomei café. É sagrado.”

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Ele ainda afirma que aprende o significado de muitas palavras novas. Isso porque, sempre que desconhece algum vocabulário, vai para a internet procurar. “E, às vezes, nem o Google sabe. Eu fico quebrando a minha cabeça, vou fuçando, mas consigo descobrir.”

A aquisição de conhecimentos também é importante para o funcionamento do cérebro, explicam os especialistas. “Quanto mais uma pessoa souber de assuntos diversos, melhor para o órgão se manter ativo”, diz o médico Sousa Porto.

CAMINHADAS E ENCONTROS

A prática de palavras-cruzadas não é a única amiga da saúde mental e do bom funcionamento do cérebro. Especialistas dão dicas de atividades que oferecem benefícios, como caminhadas e uma vida social ativa.

“Um costume que pode ser espetacular é o da caminhada, que aumenta a circulação do sangue no cérebro e ajuda a depurar o funcionamento desse órgão”, diz o neurologista Marcos Wagner de Sousa Porto.

Ele também destaca a importância do contato com a natureza. “A relação com os recursos naturais faz bem para corpo e alma”, afirma.

Fabio Porto, neurologista do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas, afirma que outras brincadeiras podem ter o mesmo efeito benéfico. “Jogos de montar, como quebra-cabeças, são outros exemplos de atividades importantes para a mente. Em menor grau, até jogos de celular ajudam”, diz o médico, que ainda afirma que o aprendizado de línguas é outra forma de cuidar da saúde mental.

Em todos os casos, é importante que a prática seja constante.

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