A 4ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), em decisão unânime, manteve a sentença do Juizado da Infância e Juventude de Goiânia, que decretou perda do poder familiar dos pais que abandonaram trigêmeos recém-nascidos no Hospital Materno Infantil por 43 dias.
A argumentação da mãe, na época, foi de que ela não tinha com quem deixar os outros dois filhos menores.
Alegando cuidados com os filhos, apesar das dificuldades financeiras, os pais tentaram reaver a guarda das crianças na Justiça. Segundo eles, sempre deram bons exemplos às crianças, além de levarem uma vida harmoniosa e tranquila. No entanto, o desembargador e relator do caso, Kisleu Dias Maciel Filho, afirmou que as alegações dos pais eram “fantasiosas” já que os laudos psicológicos apresentados constataram um histórico de brigase agressões mútuas entre os pais.
De acordo com o magistrado, existe também uma denúncia de abuso sexual em relação a uma das filhas adolescentes da mulher, fato que foi atribuído ao pai dos trigêmeos.
As crianças nasceram prematuras, foram abandonadas em momento de vulnerabilidade e que a maternidade pediu, por várias vezes, que a mãe viessa ao encontro dos filhos que haviam recebido alta hospitalar.
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