A sexta turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu nesta terça-feira (14/12) arquivar as investigações do Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO) em torno do Padre Robson de Oliveira que presidia a Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe), em Trindade. Apesar de já estar trancada, o MP havia recorrido para retomada dos trabalhos da Operação Vendilhões. Advogado da defesa do missionário, o criminalista Pedro Paulo de Medeiros comemorou a decisão.
LEIA TAMBÉM: STJ mantém trancada investigação contra Padre Robson
“O reconhecimento pela unanimidade daquilo que temos dito desde o início, que nunca houve qualquer crime que o Padre Robson. É a confirmação que o que aconteceu aqui em Goiás foi perseguição política”, destacou em entrevista ao Diário de Goiás. Pedro Paulo pontuou que o STJ manteve o entendimento do TJ que acatou a tese da defesa de que não há crime a ser investigado em torno das ações de Padre Robson frente à Afipe.
“No STJ foi confirmada uma decisão do Tribunal de Justiça de Goiás que havia determinado o trancamento das investigações porque não há crime a ser investigado. Hoje, por unanimidade, o STJ firmou a decisão do TJ de Goiás e portanto a chamada Operação Vendilhões está definitivamente arquivada por decisão unânime do Superior Tribunal de Justiça”, pontuou Medeiros sobre a decisão que livrou Padre Róbson das investigações.
No STJ, toda a sexta turma acompanhou o voto do relator, ministro Olindo Menezes. Responsável por presidir a sessão, o ministro Rogério Schietti Cruz também destacou o voto contrário ao recurso do Ministério Público. “Ouvi as ponderações das partes e do Ministério Público e não tenho como divergir do eminente relator, pelo acerto que se houve de que houve por parte do Ministério Público um comportamento processual que permitiu por parte do Tribunal, pela prejudicialidade do recurso interposto. Meu voto vai estar posto. Faço uma análise paralela, mas eu acompanho o ministro Olindo Menezes e nego provimento ao agravo regimental”, pontuou.