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Categorias: Mundo
| Em 7 anos atrás

Pacote anti-imigração ilegal avança nos EUA

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A Câmara dos EUA aprovou nesta quinta (29) dois projetos de lei que apertam o cerco contra imigrantes ilegais, aumentando a pena para os deportados que retornarem ao país e penalizando as chamadas “cidades santuário”, que se recusam a aplicar leis federais de imigração.

Os dois textos, apoiados por Donald Trump, ainda precisam ser aprovados pelo Senado, mas o presidente, que vinha pressionando abertamente os parlamentares desde o início da semana, comemorou a notícia, que, afirma, “colocará a segurança das famílias americanas em primeiro lugar” e “salvará vidas”.

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Na quarta (28), o presidente recebera no Salão Oval familiares de vítimas de crimes cometidos por imigrantes irregulares e defendido, diante das câmeras, o aumento da pena para os autores, algo que já fizera na campanha.

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“Todos os anos, inúmeros americanos são atacados e mortos por imigrantes ilegais que já foram deportados várias vezes. É hora de essas tragédias acabarem”, disse Trump após a aprovação.

Levantamento feito pelo think tank liberal Instituto Cato e divulgado em março, no entanto, mostra que, proporcionalmente à sua parte na população, imigrantes -inclusive em situação irregular- estão menos propensos a cometerem crimes e serem presos do que americanos.

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Segundo o levantamento, enquanto os imigrantes ilegais representam 9% da população, eles são 5,6% da população carcerária. Já cidadãos nascidos nos EUA são 82,4% da população e 91,5% dos que cumprem pena.

O projeto que aumenta a pena para os deportados que voltarem ao país foi batizado de “Kate’s Law”, em homenagem à jovem Kathryn Steinle, que foi assassinada em 2015, em São Francisco, na Califórnia, por um imigrante mexicano que já havia sido deportado cinco vezes.

O texto, que passou com o apoio de 24 deputados democratas e só um voto republicano contrário, prevê prisão de até dez anos para quem tiver sido deportado três vezes ou mais e for pego novamente nos EUA ou tentando entrar no país.

Imigrantes que foram deportados e depois cometeram crimes ao retornarem aos EUA poderão, segundo o projeto de lei, pegar até 25 anos de prisão para crimes graves como homicídio ou estupro.

A outra lei, que só teve o voto de três democratas, prevê que cidades que limitarem a aplicação de leis federais de imigração por agentes federais ou estaduais percam verba federal.

As chamadas “cidades santuário”, como São Francisco, Los Angeles e Nova York, têm se negado a colaborar com as políticas mais rígidas do governo Trump contra a imigração irregular.

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