Foi lida na sessão desta terça-feira (22) da Câmara emendas supressivas enviadas pelo prefeito Paulo Garcia, do PT, que mantém três diretorias que seriam extintas pelo projeto de lei complementar que promove uma ampla reforma na estrutura organizacional da Prefeitura de Goiânia. Entre as quais cortes de mais 700 cargos comissionados, incorporação ou extinção de secretarias, com a finalidade de reduzir gastos.
Assim, pelas emendas, o prefeito mantém a diretoria do departamento de fomento e incentivo tecnológico, diretoria do departamento de relacionamentos e parceiras e diretoria do departamento de apoio logístico e suprimentos. Os cargos fazem parte da Secretaria Municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação.
Com a chegada das emendas, o projeto da reforma administrativa não será votado na sessão desta quarta-feira (23). Na sessão de amanhã, o plenário vai votar pelo acatamento ou não das emendas do prefeito Paulo Garcia. Se acatadas, elas serão anexadas ao projeto, que volta para ser debatido na Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ).
Mais cortes
O presidente da CCJ, Carlos Soares, do PT, disse que “a essência do projeto, apesar dessas emendas, será mantido. Ou seja, a maioria dos cortes permanecem. Os cortes são necessários para que a Prefeitura tenha recursos para serem aplicados em outras áreas da administração municipal”. O vereador petista adiantou igualmente que “novos cortes podem ocorrer, com a finalidade de adequar a folha de pagamento dos servidores dentro do limite legal”. Mas ele não especificou que áreas seriam atingidas por uma nova leva de cortes nos gastos do Paço.
“Ainda estamos fechando os estudos para ver que setores serão alcançados por tais medidas, mas gratificações e incorporações salariais estão sendo analisadas”.
Carlos Soares garantiu que não procede a informação de que o acordo entre a Prefeitura e o Ministério do Trabalho seja prejudicado com a incorporação da Secretaria do Trabalho pela Secretaria de Indústria e Comércio. “Isso não ocorrerá”, garantiu, ao rebater as críticas de servidores municipais sobre a suspensão de repasses federais para a Prefeitura investir em programas de geração de empregos e formação de mão de obra para o mercado de trabalho.
As informações são da Câmara de Vereadores.